O homem preso após uma briga de trânsito porque estava armado, em Ponta Porã, cidade vizinha a Pedro Juan Caballero, e apontado como um dos chefes de uma facção criminosa, usava documento falso. É o que aponta apuração da Polícia Federal (PF) em conjunto com outras polícias do Brasil e do Paraguai.
Ao ser abordado pela polícia, o suspeito apresentou documento com o nome de Edson Barbosa Salinas. Foi preso e passou por audiência de custódia, em que ficou determinada fiança de R$ 80 mil para soltura, a qual foi paga rapidamente.
No entanto, trabalho conjunto das polícias constatou que Edson não era o verdadeiro nome dele e que o então documento havia sido feito com base em dados falsos sobre os pais e sobre a data de nascimento, em um cartório de Aral Moreira, que também fica na fronteira com o Paraguai, em 2014.
O poder judiciário recebeu a documentação sobre a falsificação do documento e, diante disso, ficou decidido pela permanência da prisão do suspeito
O caso continua em investigação, sendo que a Polícia Federal, a Polícia Civil, as forças de segurança e as Autoridades Paraguaias trabalham em conjunto na apuração. O cartório em que o documento foi falsificado já foi alvo de investigação por suspeita de registros fraudulentos, tendo a tabeliã sido afastada em 2015.
Prisão
O suspeito e mais dois homens armados foram presos domingo (19), pela Polícia Civil, enquanto discutiam após acidente de trânsito.
Policiais que reforçavam a segurança na região por conta da fuga de 76 presos do presídio de Pedro Juan Caballero, viram a cena da discussão, suspeitaram e abordaram o grupo. Um dos motoristas estava embriagado.
No dia 21, ele foi transferido para Dourados, para passar por audiência de custódia de lá. A alegação é de que a fronteira estaria insegura por conta da fuga. Ele é apontado como traficante que chefiava grupo ligado a Sérgio de Arruda Quintiliano Neto, de 32 anos, conhecido como Minotauro, que seria o número 1 do tráfico na região.