O valor das multas aplicadas nos dois primeiros meses da piracema aumentou dez vezes em comparação com o mesmo período entre 2018 e 2019. As 32 pessoas flagradas cometendo crime de pesca predatória nos rios de Mato Grosso do Sul desde o dia 5 de novembro do ano passado terão que pagar um total de R$ 45.352 aos cofres públicos.
A quantia de autuados bateu recorde: foi a maior dos últimos cinco anos. São pessoas que ignoram o período de reprodução dos peixes e insistem em capturá-los.
Na piracema passada, as infrações somaram R$ 4,4 mil com 12 detidos pelos militares. Em termos porcentuais, houve crescimento de 930% nas multas e 166% na quantidade de presos. Segundo a PMA, não há uma causa específica para esse aumento, já que o valor é proporcional à quantidade de pescado apreendido.
Segundo a corporação, algumas pessoas não apenas foram flagradas pescando como também usaram equipamentos proibidos. Os anzóis de galho foram os favoritos. Os policiais recolheram 313 unidades do petrecho, outro recorde desde a operação 2015/2016.
Também foram apreendidos 45 espinheis, um tipo de linha onde vários anzóis são presos ao mesmo tempo, aumentando as chances de capturar grandes quantidades de peixes, além de 95 redes. A maior parte delas foi retirada armada no lago da Usina de Sérgio Motta no rio Paraná, perto de Batayporã.
Espera-se apreender durante toda essa piracema, a mesma quantidade de pescado que tem sido apreendido em piracemas anteriores, desde que a PMA tem adotado a estratégia de monitorar os cardumes no ano de 2000, que tem sido em média de uma tonelada. Até agora foram 58 quilos de pescado recolhidos.
A PMA encaminha todos os autuados à delegacia. Eles normalmente saem após pagar fiança, desde que não tenham sido detidos anteriormente pelo mesmo crimes. A corporação acredita que mesmo com a soltura, a medida serve de alerta de que a atitude praticada é crime.