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SEXTA-FEIRA, 26 DE ABRIL DE 2024
26 de AGOSTO de 2019 | Fonte: O Globo

Bolsonaro questiona ajuda internacional a Amazônia

No último dia do G7, na França, Macron anunciou ajuda de 20 milhões de euros. Presidente do Brasil questiona: : 'O que eles querem lá?'

O presidente Jair Bolsonaro questionou nesta segunda-feira (26/08) as intenções que estariam por trás das anunciadas ajudas internacionais para combater incêndios na Amazônia, após o presidente da França, Emmanuel Macron , anunciar que os países do G7 darão ao menos 20 milhões de euros para combater as queimadas.

 

— Macron promete ajuda de países ricos à Amazônia. Será que alguém ajuda alguém, a não ser uma pessoa pobre, né, sem retorno? Quem é que está de olho na Amazônia? O que eles querem lá? —, disse Bolsonaro em pronunciamento a jornalistas ao deixar o Palácio da Alvorada, recusando-se a responder questionamentos dos repórteres.

 

Em uma fala recheada de ataques à imprensa, a qual acusou várias vezes de mentir, Bolsonaro também disse que prefere fazer quatro anos de um bom governo do que oito anos de um governo ruim. Ele também negou se preocupar com reeleição, apesar de repetidos pronunciamentos públicos que fez recentemente, nos quais afirmou que pretende entregar um país melhor em 2022, ou em 2026, ao seu sucessor.

 

— Não estou preocupado com reeleição. O dia em que eu me preocupar com reeleição, me transformo num cara igual aos outros que me antecederam—, afirmou.

 

Governo brasileiro não quer ajuda vinculada a monitoramento

Antes mesmo de saber o teor do comunicado do G7, o governo brasileiro estava decidido a não aceitar qualquer tipo de ajuda que fosse vinculada a mecanismos de monitoramento.

 

Segundo uma fonte, o presidente Jair Bolsonaro e seus principais auxiliares passaram o fim de semana trabalhando com seus países aliados, como EUA, para que o texto final do G7 não contivesse discussões conceituais e declarações políticas ou com linguagem "vaga e imprecisa", tais como a definição de "pulmão do mundo" para a Amazônia.

 

A expectativa em Brasília é que Jair Bolsonaro converse ainda nesta segunda-feira com a chanceler alemã, Angela Merkel. Será uma forma de quebrar o gelo, uma vez que as relações entre Merkel e o presidente do Brasil estão estremecidas há semanas, em função de questões ambientais.

 

Recentemente, ao saber que a Alemanha havia suspendido a ajuda ao Fundo Amazônia, Bolsonaro sugeriu que a chanceler usasse o dinheiro para reflorestar seu próprio país.

 

Outro telefonema aguardado para esta segunda-feira é do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Ele já havia conversado com Bolsonaro na última sexta-feira e se oferecido para defender o Brasil no G7. Segundo fontes, o Brasil também contou com o apoio de Itália, Japão e Reino Unido. Espanha e Chile, que participaram como convidados, também ajudaram na estratégia do governo brasileiro.

 

Envio de aviões e reflorestamento

Nesta segunda, último dia do encontro do G7 , em Biarritz, na França, Emmanuel Macron anunciou um acordo de 20 milhões de euros (pouco mais de R$ 90 milhões) para uma ajuda emergencial contra as queimadas na Amazônia .

 

Entre outros pontos, a ajuda virá no envio de aviões da Canadair para o combate a incêndios na região.

 

Além da frota aérea, o G7 concordou com uma assistência de médio prazo para o reflorestamento, a ser apresentado na Assembleia Geral da ONU no final de setembro, para o qual o Brasil terá que concordar em trabalhar com ONGs e populações locais.



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