Um advogado foi condenado a cinco anos de prisão em regime semiaberto por dos crimes de armazenar vídeos e imagens contendo pornografia infanto-juvenil e compartilhar vídeos e imagens com tal conteúdo. Entre as mais de 1,5 mil imagens descobertas com o advogado, estavam cenas de estupro de bebês. Essa prisão faz parte da operação Luz da Infância, de combate à pedofilia, realizada em 2017. A decisão é de 25 de julho e foi publicada hoje no Diário da Justiça Federal.
A operação Luz da Infância da Polícia Civil cumpriu vários mandados de busca e apreensão no escritório do advogado que na época tinha 64 anos no bairro Vila Rosa Pires, em Campo Grande. Os policiais chegaram no advogado após fazer o levantamento de IPS(número que identifica um dispositivo em uma rede) feito pela Secretaria Nacional de Segurança Pública/Ministério da Justiça (Senasp) apontou o local por ter número exacerbado de downloads e uploads de arquivos contendo pedopornografia (pornografia infantil).
O réu confessou que saberia inclusive os termos para buscar material com conteúdo pornográfico infantil em sistema P2P (peer-to-peer), de compartilhamento sem servidor de armazenamento. Na ocasião, foram apreendidos sete pen-drives, três HDs e dois notebooks. Um deles, o advogado havia formatado para a filha.
Após perícia, a polícia constatou que o notebook dado para a filha já havia armazenado mais de 600 mil imagens de estupro de crianças.
Ao se defender, o advogado afirmou que baixava livros de Direito também através dos programas e negou que compartilhava o material pornográfico pela Internet, embora não negasse que fazia downloads, afirmando apenas que os apagava.
Desde 2017, já foram realizadas quatro fases da Operação Luz da Infância, em Mato Grosso do Sul e outros 25 estados brasileiros, além do Distrito Federal. A última ocorreu em maio deste ano, com seis mandados cumpridos de busca e apreensão: três em Campo Grande, dois em Dourados e um em Três Lagoas.