As apreensões de maconha aumentaram neste ano em Mato Grosso do Sul, mesmo com as seguidas operações do governo paraguaio – apoiadas pelo Brasil pelos Estados Unidos – para tentar erradicar lavouras da erva nos departamentos de Amambay e Canindeyú.
A quantidade de maconha retida de janeiro até agora pelo DOF (Departamento de Operações de Fronteira) é 225% maior que o volume apreendido no mesmo período de 2018, segundo balanço divulgado nesta quarta-feira (5) pela assessoria do grupo de elite da Segurança Pública que atua exclusivamente em cidades da faixa de fronteira.
Com os 2.843 quilos apreendidos no compartimento oculto de um caminhão-furgão ontem (4) em Paranhos, o total de maconha retida pelo DOF chegou a 48,2 toneladas. No mesmo período do ano passado foram 15,4 toneladas.
Em entrevista coletiva segunda-feira (3) em Pedro Juan Caballero, onde se reuniu com autoridades paraguaias, o ministro da Justiça Sérgio Moro elogiou as ações para destruir as lavouras de maconha na Linha Internacional.
“Essas ações de erradicar as lavouras ainda no pé têm impacto muito grande. As apreensões fazem a diferença. Além de tirar a droga de circulação, enfraquecem as finanças desses grupos criminosos, que têm sido um flagelo, tanto no Brasil quanto no Paraguai”, afirmou o ministro do governo Bolsonaro.
Moro participou do lançamento de mais uma etapa da Operação Nova Aliança, que desde domingo destrói lavouras de maconha na região. Ontem, o presidente do Paraguai Mario Abdo Benítez esteve nas áreas de cultivo da droga para acompanhar o trabalho de erradicação e anunciou apoio da Argentina – outro destino da maconha paraguaia – na investida contra as roças de marihuana.
Em uma lavoura de maconha na área rural de Pedro Juan Caballero, Mario Abdo afirmou que 60% do movimento econômico da região vem do narcotráfico. “Já não queremos mais simplesmente golpear esse pequeno produtor, o elo mais fraco do crime organizado e que por falta de oportunidade se envolve em atividades ilícitas”, afirmou o presidente paraguaio.