Máquinas agrícolas e caminhonetes foram queimadas na noite de ontem (21/04) em uma fazenda no Paraguai, a cerca de 50 km do território sul-mato-grossense. Autoridades do país vizinho suspeitam do EPP (Exército do Povo Paraguaio), um grupo terrorista que atua em regiões de matas nos departamentos (estado) de Concepción e San Pedro, mas ainda não há provas de participação desse grupo criminoso.
O ataque foi contra a fazenda Ouro Verde, no distrito de Arroyto, no departamento de Concepción. A propriedade já tinha sofrido investida semelhante em 2014.
De acordo com funcionários da fazenda, o grupo chegou ao local no início da noite. Eram de quatro a cinco pessoas usando roupas camufladas e portando armas longas. Pelo menos uma delas era mulher.
Três homens, três mulheres e um adolescente, todos funcionários da fazenda, estavam no local no momento do ataque e não sofreram ferimentos. O grupo colocou fogo nas três máquinas e em duas caminhonetes e fugiu para a mata.
Ainda na noite de ontem, chegou à fazenda uma equipe da FTC (Força-Tarefa Conjunta), grupo formado por policiais e homens das Forças Armadas paraguaias para lutar contra o grupo terrorista.
Apesar da suspeita, o major Luis Rodolfo Apesteguía, porta-voz da FTC, disse que ainda não existem provas de envolvimento do EPP no ataque. Segundo o oficial, ao contrário de outros locais atacados, não foi deixado nenhum folheto assinado pelo grupo terrorista com “recomendações” contra o desmatamento e o uso de agrotóxicos.
Apesteguía afirma que o ataque pode ter sido praticado por qualquer outro grupo criminoso que também usa roupas camufladas para despistar. Recentemente, a polícia paraguaia matou dois membros do PCC (Primeiro Comando da Capital) escondidos perto da fronteira que também usavam roupas camufladas.