Foi um Flamengo diferente neste domingo (14/04). A entrada de Arrascaeta mudou o jeito de jogar. Mais vertical, o Rubro-Negro foi objetivo. Apesar de um primeiro tempo com muitos erros, o time de Abel foi melhor do que o Vasco durante todo jogo e construiu o resultado na etapa final. O placar de 2 a 0, que poderia ser maior tamanha a superioridade, deixou próximo o título do Campeonato Carioca.
Abel surpreendeu. Apesar dos pedidos por Arrascaeta, poucos acreditavam que o treinador sacaria Diego, capitão do Flamengo, em uma final. A decisão se mostrou acertada. O uruguaio vive um momento melhor. É mais agudo, vertical e resolve as jogadas com um ou dois toques. Diego é uma liderança, mas costuma cadenciar mais o jogo. O que não significa que seja descartável e os dois não possam jogar juntos. Com a suspensão de Bruno Henrique, por exemplo, é provável que o camisa 10 retorne ao time.
Posições mudam, e Fla começa confuso
Não foi, no entanto, uma simples troca. A entrada de Arrascaeta mudou todo o posicionamento do sistema ofensivo. O uruguaio não entrou especificamente na posição de Diego e jogou na esquerda do ataque. Everton Ribeiro saiu da direita para o meio, na função que geralmente cabe a Diego. Bruno Henrique atuou com centroavante, o que fez Gabigol cair pela direita.
Com tantas mudanças, o Flamengo começou confuso. Talvez por falta de entrosamento, errou muito na parte final do campo. Teve a bola, volume de jogo, mas pouco finalizou. E quando chutou, executou mal. Ainda assim dominou o Vasco, que pouco incomodou.
Fla envolve o Vasco no ritmo de Arrascaeta e Bruno Henrique
O Flamengo voltou para o segundo tempo para tentar decidir o campeonato. O domínio, que já era grande nos primeiros 45 minutos, aumentou consideravelmente. Totalmente envolvido, o Vasco foi quase nulo no ataque. E não suportou a pressão rubro-negra.
Arrascaeta driblou, deu passes, chamou a responsabilidade. Resumindo, jogou muito. O nome do domingo, no entanto, foi outro. Bruno Henrique marcou dois gols e teve outro, em lance polêmico, anulado.
Os elogios não se resumem à dupla. Everton Ribeiro, por exemplo, manteve sua impressionante regularidade. A zaga foi segura, Cuéllar incansável, Gabigol se movimentou, Vitinho e Diego entraram bem. A atuação do Flamengo, como um todo, no segundo tempo, foi quase impecável.
E escancarou, na primeira vez que jogou com os titulares contra o Vasco em 2019, a superioridade de seu elenco. O nível de investimento falou mais alto. O que não significa, que em um dia bom, o Vasco não possa vencer no próximo domingo e reverter a vantagem. Porém, embora Abel Braga tenha tentado brecar a empolgação, o troféu do Campeonato Carioca de 2019 ficou muito próximo da Gávea.