A equipe do Ministério da Saúde que chegou hoje ao Mato Grosso do Sul irá avaliar as ações desenvolvidas até agora para tentar conter a epidemia de dengue, especialmente em Campo Grande.
O coordenador-geral dos Programas Nacionais de Controle e Prevenção da Malária e das Doenças Transmitidas pelo Aedes, Rodrigo Fabiano do Carmo Said informou que outros estados do Brasil também estão sendo visitados. “Estamos fazendo visitas em todos os estados que no ano de 2019 apresentaram mais casos quando comparado com os dois anos anteriores. E o Mato Grosso do Sul é um deles. O ministério está discutindo estratégias desenvolvidas para potencializar as ações desenvolvidas”.
Sobre o decreto de emergência, publicado no dia 8 de março pelo município quando eram mais de 7,5 mil notificações - atualmente são mais de 11 mil -, diante da “necessidade de resposta urgente ao controle de epidemia de dengue”, Said informou que ainda não há garantias de repasse extra de recursos da União. “O decreto veio normatizar, na verdade declara a situação epidemiológica registrada com o aumento importante de casos. Mas (a liberação de recursos) depende de avaliação, discussão própria com o gabinete do ministro da Saúde (Luiz Henrique Mandetta)”.
As ações a serem implantadas ou reforçadas e se o Ministério da Saúde pode contribuir ainda será alvo de definição. “Ao longo da semana, até sexta-feira, temos um cronograma de várias atividades que serão feitas. De forma geral todas as ações no período contingencial envolvem assistência ao paciente, notificação e mobilização. Precisamos discutir estratégias apresentadas para avaliar a possibilidade de apoio do Ministério e o fortalecimento do que já é realizado”, afirmou Said.
Mesmo com o início do outono amanhã, com previsão de queda nas temperaturas, ainda são esperados registros de casos até o fim do próximo mês. “São dois anos sem ocorrência de epidemia e agora está circulando o vírus tipo 2. Nos últimos anos circularam os vírus tipo 1 e 4. Grande parte da população não teve contato com o vírus que circula. Tudo favorece o aumento dos casos e 80% dos focos estão dentro das residências. Por isso pode haver casos importantes ainda, até o fim do mês de abril”, finalizou o coordenador.