O vereador de Campo Grande, Eduardo Romero (Rede), é réu em um processo que tramita na 7ª Vara da Infância e da Juventude no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) por suposto crime de estupro de vulnerável. O caso foi registrado da Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) do bairro Piratininga em novembro de 2017.
Conforme informações obtidas pelo Correio do Estado, após a denúncia na Depac, o caso foi transferido para a Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca) e ficou sob responsabilidade do então delegado titular, Paulo Sérgio Lauretto. Ele não quis dar detalhes do caso, porém, conforme a Polícia Civil, o vereador teria abusado sexualmente de um menino de 13 anos.
De acordo com o registro policial, no dia 12 de novembro a criança foi junto com um tio na casa do vereador para auxiliar o tio no serviço de pedreiro. Ele contou a mãe, que registrou o boletim de ocorrência, que estava no interior da residência passando fios para o tio, que estava na laje, quando o parlamentar chegou.
O vereador teria encontrado o menino sozinho na casa e o levado para outro quarto, onde possivelmente aconteceu o ato e Romero, ainda conforme registro policial, convidou o adolescente para retornar a casa à noite.
A mãe da vítima percebeu que o filho estava com comportamento estranho e arredio, além de reclamações de dores de cabeça, o indagou sobre o que estava acontecendo e, após cinco dias, o menor relatou o ocorrido. A família da vítima foi a casa do vereador questiona-lo sobre o caso e o mesmo negou, porém teria voltado atrás e pedido para conversar. Pessoalmente, ainda conforme registro policial, ele teria confessado a mãe do menor o abuso, alegando que fez o que fez porque estaria sob efeito de drogas.
Após a conclusão do inquérito o caso foi entregue para o Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MPE-MS), que ofereceu denúncia à Justiça no dia 30 de janeiro de 2018. O promotor responsável pelo caso é o da 68ª Promotoria de Justiça de Campo Grande, Celso Botelho de Carvalho. Uma audiência sobre o caso está marcada para o dia 5 de fevereiro.
OUTRO LADO
Por meio de nota, Eduardo Romero negou o crime. Ele alega que a vida política traz inimigos que não medem esforços para prejudicá-lo.
“Trata-se de uma acusação totalmente falsa e indevida. Estar na política te transforma em inimigo de muita gente, e não medem esforços para prejudicar e tirar de cena. A justiça está fazendo seu trabalho e em breve teremos as respostas. Confio na Justiça e em Deus, e tenho a consciência tranquila. Mas deixo o questionamento: como um processo sigiloso torna-se público gerando prejuízos incalculáveis, antes mesmo da decisão da própria Justiça? Absurdo”, diz a nota.