Dois policiais militares, um deles ex-comandante da Polícia Militar Rodoviária, foram presos nesta quinta-feira (01/11) pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), que investiga a Máfia do Cigarro.
No esquema, apurado em outras três etapas da operação Oiketicus, policiais recebiam propina para liberar o contrabando de cigarro vindo do Paraguai. O Campo Grade News apurou que um dos presos hoje foi o tenente-coronel Luiz Carlos Rodrigues Carneiro, ex-comandante da Polícia Militar Rodoviária. O segundo alvo é um sargento.
Além das ordens de prisões em Campo Grande, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão nos endereços dos alvos. A ação, resultante do aprofundamento das investigações, teve apoio da Corregedoria da Polícia Militar. De acordo com a assessoria da PM (Polícia Militar), foram decretadas as prisões temporárias e os presos levados para o Presídio Militar Estadual, em Campo Grande.
Ofensiva
Na primeira fase da Oiketicus, realizada em 16 de maio, foram cumpridos 20 mandados de prisão preventiva contra policiais, sendo três oficiais, e 45 mandados de busca e apreensão. O saldo total foi de 21 prisões porque um sargento acabou preso em flagrante.
A ação foi em 16 localidades: Campo Grande, Dourados, Jardim, Bela Vista, Bonito, Naviraí, Maracaju, Três Lagoas, Brasilândia, Mundo Novo, Nova Andradina, Boqueirão (distrito), Japorã, Guia Lopes, Ponta Porã e Corumbá. Segundo a investigação, a remuneração para os policiais variava de R$ 2 mil por mês a R$ 100 mil.
A segunda etapa aconteceu no dia 23 de maio, com mandado de busca e apreensão na casa e escritório de servidor do TCE (Tribunal de Contas do Estado). A terceira fase foi em 13 de junho, quando mais oito policiais foram presos. Nome da operação, oiketicus é um inseto conhecido popularmente como “bicho cigarreiro”.