O policial militar Gilberto Biano Mendes Valiente, de 35 anos, foi assassinado na madrugada de sexta-feira (19/10), ao tentar impedir furto de cobre em uma indústria desativada localizada no Indubrasil, em Campo Grande, onde fazia bico como segurança. O suspeito do crime, identificado como Osnei de Carvalho Moreira, 45, morreu em confronto com a Polícia Militar na manhã deste sábado (20/10). Por meio de nota, o comando-geral afirmou no início desta tarde que o homem estava sendo perseguido durante assalto e supostamente atirou primeiro contra os policiais que revidaram dentro da lei.
Conforme apurado pelo Correio do Estado, o cabo Valiente, do 10° Batalhão e lotado no Pelotão do Jóquei Clube, tinha mais de 12 anos de corporação e nos horários de folga fazia a segurança da indústria. Ontem de madrugada, teria percebido movimentação estranha no local e, ao averiguar, se deparou com Osnei, mais conhecido como “Leitinho”, cometendo o furto. O militar deu ordem de prisão, mas o suspeito armado reagiu, dando início a uma troca de tiros. A vítima foi baleada na barriga e caiu de bruços na grama, morrendo antes que fosse socorrida.
O criminoso fugiu e se escondeu na boca de fumo de um traficante identificado como Rato, onde passou a noite. Ele foi atingido de raspão no braço e na perna, e pediu apoio para Rato, que fez curativos nos ferimentos. Neste sábado pela manhã, ao perceber o cerco policial, ele tentou fugir, roubou uma bicicleta e foi perseguido por equipes do Batalhão de Choque, Batalhão de Operações Especiais (Bope) e Grupamento Aéreo de helicóptero. Osnei correu para uma mata e atirou, sendo alvejado logo em seguida. A corporação afirma que os policiais reagiram dentro da legalidade, sem abusos.
“Os policiais apenas tentaram cessar injusta agressão, agindo dentro da legalidade. Prestaram o encaminhamento médico necessário, entretanto, o homem acabou falecendo. O homem era evadido do sistema penal e tinha diversas passagens por furto. Cabe ressaltar que as unidades contam com os profissionais extremamente capacitados e bem treinados, dotados da técnica policial militar necessária para atendimento de ocorrências da mais alta complexidade”, disse o comando-geral na nota. A arma usada por Osnei havia sido roubada em latrocínio em uma fazenda há menos de um mês.