Um dos presos na operação de combate à pedofilia realizada na manhã desta quinta-feira (30) tinha 150 mil arquivos baixados com conteúdo pornográfico. Segundo a delegada Fernanda Fernandes, muitos dos presos trocavam informações e arquivos através de uma rede oculta de difícil rastreamento.
“Combater esse tipo de crime é um pouco difícil. Principalmente com relação à rede internacional de pedofilia. Porque o pedófilo que participa da rede internacional, ele se utiliza de meios para esconder esse tipo de comércio clandestino. Mas conseguimos rastrear. Essa rede eles se comunicam entre si e utilizam, muitas das vezes, da 'deep web' – que é uma rede oculta de internet, uma rede de difícil rastreamento. E eles trocam essas informações e arquivos por essa rede, que é muito lucrativa", afirmou.
A "Deep web" é a parte não indexada da internet - seus sites não são detectados e registrados pelas grandes ferramentas de busca. O acesso a esse ambiente se dá por meio de navegadores específicos.
Ainda segundo a delegada, o grupo fez inúmeras vítimas. "Temos um criminoso, que foi preso hoje, que possui mais de 150 mil arquivos baixados. Não temos como aferir , no primeiro momento, o número de vítimas. Nem se elas são conhecidas. Mas essas crianças e esses adolescentes já foram vitimadas pelo ato sexual. Quando esse criminoso armazena, vende e comercializa, ele pratica um novo crime", explicou.
A operação, batizada de Operação Haziel, em referência ao anjo protetor das crianças, já cumpriu oito mandados de prisão contra homens suspeitos de praticarem pedofilia.