"Estamos desolados. Ele estava no trabalho e, quando saiu, queria comemorar. O tempo de experiência acabou e ele seria promovido. Meu irmão nos disse que foi chamado e disseram a ele que era o melhor funcionário do seu setor. Agora estamos sem chão, resolvendo as coisas do velório". O depoimento é de Felipe Oliveira, irmão do jovem de 21 anos que morreu atropelado na madrugada desta quinta-feira (26), ao ser atropelado na faixa de pedestre.
Moises Luiz da Silva Oliveira, ainda conforme o irmão, estava trabalhando em um hipermercado de um shopping de Campo Grande. Ele pretendia comemorar o novo emprego em uma conveniência com amigos. Em seguida, o rapaz caminhou na faixa de pedestre, na avenida Ceará, quando foi atingido pelo carro e lançado a 55 metros.
O motorista do veículo, de 33 anos, fugiu do local e foi preso em casa, no bairro Carandá Bosque. Conforme o delegado de Polícia Civil Enilton Zalla, imagens de câmeras de segurança da conveniência para onde a vítima seguia mostram dois rapazes atravessando na faixa e, em seguida, o carro em alta velocidade atingindo um deles. "Uma consegue sair e a outra é atingida", diz.
O delegado afirma ainda que "as imagens são fortes" e "demonstram que o veículo estava em alta velocidade mesmo. Não há dúvidas quanto a isso". Ele fugiu e o para-choque com a placa permaneceu na avenida, o que ajudou os investigadores a encontrarem o suspeito.
O carro, que ficou com a frente destruída, e o condutor foram encaminhados à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Centro. Ainda conforme o delegado, o motorista prestou depoimento, não quis fazer o teste de alcoolemia, porém, apresentava indícios de consumo de bebida alcoólica.
Ele foi autuado por homicídio qualificado pela embriaguez, por ter ocorrido em faixa de pedestre e ainda por evasão de local de acidente. A pena para este crime varia de 6 a 20 anos de reclusão.