A violência avança em Dourados, com números significativos de casos de assassinato. Esses números já superam os de Campo Grande, se considerada, proporcionalmente, a população de cada município.
Apesar da ausência de estatísticas sobre as motivações dos crimes, muitas das mortes ocorridas na localidade são atribuídas à disputa entre pequenos grupos pelo controle do tráfico de drogas, bem como de acerto de contas entre integrantes de facções criminosas.
Com 218.069 moradores, segundo recente estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), Dourados teve 52 assassinatos entre 1º de janeiro e 27 de novembro deste ano, o que leva à média de uma morte para cada 4.193 pessoas.
Já Campo Grande, com 874.210 habitantes, quase quatro vezes maior, teve 92 homicídios, o que dá resultado de um caso para cada 9.502 habitantes. Ou seja, proporcionalmente falando, em Dourados os números da violência estão avançando.
Desde o dia 1º deste mês, foram sete casos e uma morte a esclarecer, na que é a segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul, enquanto na Capital foram seis.
Apesar de parecer insignificante, essa diferença de uma ocorrência muda de patamar quando é feita análise proporcional ao número de habitantes, com base em todos os registros de morte violenta de 2017.
Na noite de domingo, por exemplo, Alexandre Cristaldo de Oliveira, 20 anos, foi morto com tiro na cabeça e o amigo, 25 anos, acabou ferido no pé. De acordo com as informações, as vítimas foram alvo de dupla em moto, no cruzamento das ruas Onofre Pereira de Matos e Barão do Rio Branco, no Jardim Clímax, região de periferia.
Ele chegou a ser socorrido pelo Corpo de Bombeiros e levado até o Hospital da Vida, mas não resistiu aos ferimentos. As motivações e a autoria ainda estão sendo investigadas pela polícia.