Os agricultores de Mato Grosso do Sul superaram todas as previsões e colheram a maior safra de inverno de milho (safrinha ou segunda safra), da história do estado, 9,800 milhões. Até então o recorde era do ciclo 2014/2015, com 9,108 milhões de toneladas. Os dados foram divulgados pela Associação dos Produtores de Soja do estado (Aprosoja/MS).
Mato Grosso do Sul colheu 9,800 milhões de toneladas de milho na safrinha (Foto: Divulgação) |
O resultado final do ciclo supera a previsão feita no último levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que indicava uma produção em torno das 9,609 milhões de toneladas e, inclusive, da própria Aprosoja/MS, que trabalhava com números em torno das 9,180 milhões de toneladas.
Com a produção da safrinha 2016/2017, Mato Grosso do Sul registra um incremento de 60,7% frente aos 6,098 milhões de toneladas na safra 2015/2016.
A Aprosoja/MS credita os excelentes resultados do ciclo ao incremento de 3,4% na área cultivada, que passou de 1,740 milhão de hectares para 1,800 milhão de hectares e ao salto de 51% na produtividade, que subiu da média de 58,4 sacas por hectare para 88,3 sacas por hectare.
A cidade de Maracaju, a 162 quilômetros de Campo Grande, manteve a posição de maior produtor de grãos do estado. Nesta segunda safra do cereal, os produtores do município colheram 1,400 milhão de toneladas. Na segunda posição aparece Sidrolândia, com 918 mil toneladas. Na sequência vêm: Ponta Porã, com 790 mil toneladas; Dourados, com 728 mil toneladas e São Gabriel do Oeste, com 550 mil toneladas.
Se os municípios do sul do estado lideraram o ranking de produção, as maiores produtividades entre as regiões foram obtidas pelos agricultores do norte de Mato Grosso do Sul. A Aprosoja/MS destaca que a média regional foi de 96,6 sacas por hectare. Depois aparecem: o centro, com 90,5 sacas por hectare; o sudoeste, com 85,7 sacas por hectare e o sudeste, com 85 sacas por hectare.
O presidente da Aprosoja/MS, Christiano Bortolotto, destaca que a produção histórica é fruto do investimento do produtor em tecnologia e inovação e, que apesar dos números serem muito positivos, também apontam para o desafio do agricultor manter sua rentabilidade.
“Mato Grosso do Sul é um estado onde a segunda safra dá muito certo, os números são muito bons, mas o produtor está com muita dificuldade na rentabilidade. A produção foi alta, o estado ganhou, as empresas de insumos venderam, mas o produtor precisa pagar as contas. Os preços reagiram e vemos isso com boa expectativa. Se continuarem melhorando, teremos o ganho que precisamos na rentabilidade”, completou o presidente.