Dos 26 estado brasileiros, além do Distrito Federal, Mato Grosso do Sul está entre os que mais apreendem drogas. Somente no primeiro semestre de 2017 as polícias estaduais tiraram de circulação 169,8 toneladas de entorpecentes, batendo o próprio recorde de apreensões – de pouco mais de 147 toneladas no mesmo período em 2016.
O secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, José Carlos Barbosa, disse que esse é o resultado de um planejamento estratégico de segurança pública desenvolvido pelo Governo do Estado, por meio da Sejusp que está realizando o programa MS Mais Seguro, com estipulação de metas, armazenamento de dados, acompanhamento dos números, análise de inteligência e estudo dos resultados. “Atribuímos esse bom desempenho ao trabalho conjunto das nossas instituições policiais, que estão na ponta e são responsáveis pelo sucesso de todas as ações”, pontua.
Com ações diferenciadas que são feitas por meio das polícias especializadas de repressão e combate à criminalidade, a Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denar), a Polícia Militar Rodoviária (PMRv), o Departamento de Operações de Fronteira (DOF) e a Delegacia de Repressão aos Crimes de Fronteira (Defron) são as responsáveis pelo maior número das apreensões. Elas atribuem o recorde de drogas tiradas de circulação neste primeiro semestre à integração das forças policiais, aos investimentos e trabalho de inteligência realizados no Estado.
Para o comandante da Polícia Militar Rodoviária, tenente-coronel Hélio Gauto, o trabalho nas estradas e o apoio constante da Sejusp, com a aquisição de novas viaturas e armamentos são fatores que tem contribuído para o aumento de apreensão de drogas.
“Embora a nossa missão principal seja o trânsito rodoviário, temos intensificado a atuação no combate aos crimes transfronteiriços. A presença marcante dos policiais nas rodovias estaduais e o trabalho constante do comando no sentido de manter a tropa motivada, tem gerado excelentes resultados que se traduz em grande quantidade de apreensões de drogas (especificamente maconha e cocaína), armas, produtos de contrabando e descaminho, recuperação de veículos com registro de roubo ou furto e cumprimento de mandado de prisão”, destaca o comandante da Polícia Militar Rodoviária que já apreendeu 32,5 toneladas de drogas nas estradas do Estado em 2017.
O titular da Denar, delegado Rodrigo Guiraldelli Yassaka, disse que os investimentos que estão sendo feitos na área de segurança e o trabalho de inteligência desenvolvido através de parcerias com a Secretaria e com outros estados para troca informações, têm sido os principais fatores para o sucesso das ações. “Os traficantes não respeitam territorialidade, como tem que fazer a polícia, além disso, há um fortalecimento do intercâmbio entre os criminosos, daí a necessidade de investimentos no trabalho de inteligência policial que vem dando excelentes resultados, prova disso é o grande volume de apreensões feitas com intenso trabalho que descapitalizou grandes consórcios do tráfico e desmantelou várias quadrilhas que atuavam em todo o país, além da atuação em conjunto das nossas forças policiais”, explica Yassaka.
Diretamente ligado à Sejusp, o DOF realiza o policiamento de recobrimento ao longo da faixa de fronteira e, somente neste primeiro semestre, tirou de circulação mais de 65 toneladas de drogas, superando as apreensões realizadas em todo ano passado que totalizaram um pouco mais de 60 mil quilos de entorpecentes. O comandante do departamento, coronel Kleber Haddad Lane, atribui esse resultado à intensificação das ações de inteligência e a integração entre as polícias. “As medidas adotadas estão gerando resultados para a segurança pública, e os números demonstram isso”, afirma o comandante do DOF.
Dados da Secretaria apontam que nos últimos cinco anos as apreensões de drogas cresceram 238,8%, saltando de 87,6 mil quilos em 2012 para cerca de 300 toneladas em 2016, graças à intensificação do trabalho preventivo e repressivo realizado pelas polícias em todos os municípios, especialmente na faixa de fronteira. (**Texto: Regiane Ribeiro/Sejusp)