A segunda safra de milho de Mato Grosso do Sul, também chamada de safrinha ou safra de inverno, deve registrar este ano a maior produção da história do estado, 9,274 milhões de toneladas. A previsão é do décimo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que foi divulgado nesta terça-feira (11/07).
MS deve colher nesta temporada a maior safrinha de sua história, conforme a Conab (Foto: Reprodução/TV Morena) |
Se confirmada essa estimativa da empresa pública federal, a produção da safrinha 2017 vai superar a marca atingida em 2014, quando os agricultores sul-mato-grossenses colheram 9,108 milhões de toneladas do cereal.
Frente a temporada de 2016, quando as plantas foram castigadas pelo clima, sofrendo com o excesso de chuva, com estiagem e por fim, com geadas, provocando uma quebra de 34% na produção, que atingiu somente 6,125 milhões de toneladas, a “safrinha” deste ano deve representar um salto de 51,4% na produção.~
No levantamento, a Conab atribui esse crescimento na produção do cereal no estado ao incremento de 5,1% na área cultivada, frente ao ciclo anterior, de 1,665 milhão de hectares para 1,749 milhão de hectares, e de 44,1% na produtividade média, de 3.679 quilos por hectare (61,3 sacas por hectare) para 5.300 quilos por hectare (88,3 sacas por hectare).
“Essa alta produtividade decorre das condições climáticas ideais desde o inicio do plantio da cultura até a presente data, contrastando com a seca severa ocorrida no ano passado. Essa produtividade, atrelada ao aumento de área plantada condicionará uma produção recorde para essa safra”, pontua a companhia no levantamento.
A Conab ressalta ainda que com a baixa comercialização da safra de soja (59% vendida até o momento, conforme a companhia, contra 80% neste mesmo período do ciclo passado), e a expectativa de uma produção histórica de milho, a preocupação é “generalizada” com relação ao armazenamento do cereal.
“Somente a produção de milho é similar à capacidade de armazenamento estática do estado e, neste contexto, o silo-bolsa surge como alternativa ao armazenamento temporário do produto”, ressalta a companhia, completando que aproximadamente 5% das áreas cultivadas já foram colhidas.