Uma operação para combater fraudes a Previdência Social foi deflagrada na manhã desta quarta-feira (14/06) em Ponta Porã-MS. Equipes da Polícia Federal cumprem mandados de prisão e busca e apreensão contra uma falsa advogada que aliciava índios da etnia Kaiowá para fraudar aposentadoria por idade rural. O golpe já somou um prejuízo de R$ 600 mil aos cofres públicos.
A Operação Raposa Kaiowá, realizada pela Delegacia da Polícia Federal de Ponta Porã, cumpriu mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão, expedidos pela 2ª Vara da Justiça Federal do município, contra uma estelionatária que se apresentava como advogada indigenista e assim aliciava indígenas para fraudes contra a Previdência Social.
De forma fraudulenta, a falsa advogada conseguia benefícios de aposentadoria por idade rural a indígenas Kaiowá. Segundo a polícia, a estelionatária, ganhava a confiança das vítimas para manipulá-los e explorá-los financeiramente.
Durante as investigações, foram identificadas pelo menos três fraudes contra a previdência, que totalizaram um prejuízo estimado em mais de R$ 600 mil. A Polícia Federal ainda identificou inúmeras fraudes em empréstimos consignados, tendo os índios da mesma etnia como vítimas.
Conforme a PF, a operação foi denominada Raposa Kaiowá, em alusão “à característica traiçoeira e oportunista das raposas na captura de suas vítimas, a qual se assemelha à astúcia utilizada pela falsa advogada no trato com indígenas”. O nome ainda remete à Operação Coiote Kaiowá, deflagrada em 2015, no município de Amambai.
A operação é realizada pela Delegacia da PF de Ponta Porã, em conjunto com a Coinp (Coordenação de Inteligência Previdenciária do Ministério da Fazenda) e com o MPF (Ministério Público Federal).