Untitled Document
QUINTA-FEIRA, 25 DE ABRIL DE 2024
09 de MAIO de 2017 | Fonte: O Globo

Governo traça estratégia para votar reforma da Previdência até dia 31

Planalto cobra de aliados derrubada de destaques na comissão especial
Carlos Marun: 'Mesmo que não tenhamos hoje os 308 votos necessários, ainda no mês de maio nós teremos' (Foto: André Coelho / Agência O Globo)

A comissão especial da reforma da Previdência começa a votar, nesta terça-feira, os dez destaques apresentados na semana passada. O governo elevou o tom nesta segunda-feira, em reunião no Palácio do Planalto, e cobrou dos líderes da base o compromisso de derrubar todos os destaques e aprovar o parecer do relator, deputado Arthur Maia (PPS-BA). O objetivo é que o texto esteja quarta-feira na mesa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), de modo que a votação em plenário ocorra ou no dia 24 ou no dia 31 deste mês. A derrubada dos destaques também teria o objetivo de mostrar que a proposta não está sendo desfigurada.

 

Na reunião, estavam presentes os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Antônio Imbassahy (Secretaria de Governo), Maia e líderes da base aliada. Dos 37 membros da comissão especial, 23 são da base — eles garantiram a aprovação do texto-base na semana passada. Com relação à votação em plenário, o governo deixará em aberto alguns cargos que ficaram vagos com as exonerações de aliados que foram infiéis na tramitação da reforma trabalhista. Esses cargos serão usados como moeda de troca. As bancadas mais infiéis na votação da reforma trabalhista na Câmara foram PTN, PSB e Pros.


CAMPANHA MAIS CONTUNDENTE

 

A sessão na comissão especial está prevista para começar às 9h30m. A segurança da Câmara dos Deputados foi reforçada, devido à invasão por agentes penitenciários na semana passada, depois de ter sido retirada a emenda que assegurava à categoria a aposentadoria especial dos policiais federais e legislativos. A derrubada dos destaques também visa a evitar uma desidratação da reforma — a economia de R$ 800 bilhões em uma década, prevista na proposta original, já foi reduzida em 25%.

 

Alguns integrantes da base, contudo, são mais pessimistas e avaliam que a reforma da Previdência somente poderá entrar na pauta em agosto, porque junho é um mês de quórum baixo na Casa devido às festas juninas, quando vários deputados voltam a suas bases, sobretudo no Nordeste. Segundo um líder do governo, para conseguir 320 votos (são necessários 308), é preciso contar com a presença de 500 deputados no plenário.

 

O presidente da comissão especial da Previdência, Carlos Marun (PMDB-MS), disse que o governo ainda precisa conquistar votos para aprovar o texto no plenário da Câmara, mas ressaltou ser contra esperar até agosto. Para ele, adiar demais a votação é contraproducente:

 

— Mesmo que eventualmente não tenhamos hoje os 308 votos necessários, ainda no mês de maio nós teremos.



Untitled Document
Últimas Notícias
Anvisa adia para sexta debate sobre cigarro eletrônico
Mega-Sena acumula novamente e prêmio vai a R$ 72 milhões
Invicto há sete jogos e em boa fase, Palmeiras volta a Barueri para duelo com o Inter
Untitled Document