O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta terça-feira (7) que o governo vai aumentar impostos caso avalie que a medida seja necessária para atingir a meta fiscal do ano de 2017. Ele disse também que, se for preciso, haverá contingenciamento de gastos.
A meta fiscal para 2017 é de déficit primário de R$ 139 bilhões. Isso significa que o governo prevê que seus gastos vão superar a arrecadação com impostos neste valor. Essa meta não inclui despesas com pagamento de juros da dívida pública.
Meirelles deu entrevista após participar, no Palácio do Planalto, de reunião do chamado Conselhão, grupo que reúne representantes do governo, do empresariado e outros setores da sociedade civil. O ministro foi questionado por jornalistas se o governo avaliava aumentar impostos para cumprir a meta fiscal.
"Eu vou repetir aquilo que já disse em agosto do ano passado. Se for necessário aumentar imposto, será aumentado. Se for necessário contingenciar, será contingenciado. O que temos é o compromisso de cumprir a meta primária de 2017", afirmou o ministro.
Segundo Meirelles, o governo fará “o que for necessário” para cumprir a meta. O ministro ainda garantiu que a meta não será revisada. “A resposta é sempre não. Mantemos o compromisso”, ressaltou Meirelles.
O ministro citou como exemplo a meta de 2016. Segundo ele, apesar do resultado do Produto Interno Bruto de 2016 ter sido “um pouco pior” do que o esperado, o governo conseguiu alcançar uma meta melhor do que a prevista.
“O efeito maior [da queda do PIB] se deu no ano passado e entregamos o resultado da meta melhor do que o esperado. Pelo menos o resultado primário foi melhor do que a meta”, afirmou.