Os saques de contas inativas do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS) devem movimentar R$ 564 milhões em Mato Grosso do Sul e dar um respiro da recessão à consumidores e comerciantes. A estimativa foi divulgada pela Caixa Econômica Federal (CEF). Em nota, o banco informou que em todo o Estado são 537.274 trabalhadores com direito ao saque das contas inativas. O saldo disponível para saque equivale a uma média de R$ 1,049 mil por trabalhador e R$ 62,6 milhões ao mês, a partir de março quando o calendário de saque será aberto.
A maior parte desse dinheiro deverá ser usada para pagar as contas, estima a economista da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Mato Grosso do Sul (Fecomércio/MS), Daniela Teixeira Dias. De acordo com ela, o índice de inadimplência no Estado não é tão alto como no restante do País, mas, seja para pagar dívidas ou para comprar, essa medida do governo irá ajudar a movimentar a economia em momento em que as projeções apontam para manutenção da crise econômica nacional.
“O intuito principal do governo era contribuir para o pagamento da dívida. Em Mato Grosso do Sul, a inadimplência não é tão alta, mas o total de endividados sim. O objetivo é fazer com que as pessoas quitem suas dívidas para que possam comprar mais, movimentar o comércio”, completou.