O setor industrial de Mato Grosso do Sul, que é composto pelas indústrias de transformação, de extrativismo mineral, de construção civil e de serviços de utilidade pública, encerrou o ano de 2016 com saldo positivo de 943 postos formais de trabalho, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems. De acordo com o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, apesar de o mês de dezembro do ano passado ter registrado o fechamento de 1.974 vagas, a geração de emprego no setor sul-mato-grossense foi positiva na maior parte do ano, revertendo o quadro de demissões observado em 2015, quando foram fechadas 9.243 vagas na indústria estadual.
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Ainda de acordo com ele, no ano, os melhores resultados foram identificados pelos segmentos da indústria da construção (+2.111), serviços industriais (+453), alimentos e bebidas (+122), indústria da borracha, couro e diversas (+104) e indústria do material elétrico (+103). “Levando em conta todos os setores da economia estadual foram fechadas 7.797 vagas apenas no mês de dezembro, enquanto no acumulado do ano o resultado aponta para o encerramento de 1.123 postos de trabalho. Apesar de negativo, o desempenho observado apresenta sensível melhora na comparação com 2015, quando foram fechadas quase 12 mil vagas no mercado de trabalho sul-mato-grossense”, analisou.
Contingente
O conjunto das atividades industriais em Mato Grosso do Sul encerrou dezembro de 2016 com 126.178 trabalhadores empregados, indicando queda de 1,5% em relação a novembro. “Mesmo com a redução observada, a indústria terminou o ano com o 3º maior contingente de trabalhadores formais do Estado. Atualmente, a atividade industrial responde por 19,6% de todo o emprego formal existente em Mato Grosso do Sul, ficando atrás dos setores de serviços, que emprega 191.859 trabalhadores e tem participação equivalente a 29,8%, e da administração pública, com 129.958 trabalhadores ou 20,2% do total”, detalhou Ezequiel Resende.
O coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems acrescenta que, considerando que em 2016 o salário nominal médio na indústria estadual foi de R$ 2.060,41 - estimado com base no salário nominal médio de 2015 obtido pela RAIS -, a massa salarial paga aos industriários sul-mato-grossenses ao longo do ano alcançou o equivalente a R$ 3,119 bilhões. “O montante é 7,3% superior ao registrado em 2015, quando atingiu o valor de R$ 2,907 bilhões”, informou.
Desempenho
Em Mato Grosso do Sul, ao fim do ano passado, 85 atividades industriais apresentaram saldo positivo de contratação, proporcionando a abertura de 5.628 vagas, com destaque para a montagem de instalações industriais e de estruturas metálicas (+1.850), construção de rodovias e ferrovias (+456), obras para geração e distribuição de energia elétrica e para telecomunicações (+448). Por outro lado, 127 atividades industriais apresentaram saldo negativo, proporcionando o fechamento de 4.685 vagas, tendo como responsáveis a fabricação de álcool (-455), obras de engenharia civil não especificadas anteriormente (-352), fabricação de produtos de pastas celulósicas, papel, cartolina, papel-cartão e papelão ondulado (-329) e construção de edifícios (-249).
Em relação aos municípios, constata-se que em 43 deles as atividades industriais registraram saldo positivo de contratação em 2016, proporcionando a abertura de 4.649 vagas, sendo que as cidades com saldo positivo de pelo menos 100 vagas foram Três Lagoas (+2.464), Aparecida do Taboado (+541), Água Clara (+389), Nova Alvorada do Sul (+265), Mundo Novo (+123) e Nova Andradina (+123). Por outro lado, em 36 municípios as atividades industriais registraram saldo negativo, proporcionando a fechamento de 3.706 vagas, sendo que as cidades com saldo negativo foram Campo Grande (-1.023), Dourados (-647), Bataguassu (-367), Paranaíba (-222), Eldorado (-209), Costa Rica (-155), Terenos (-145), Itaquiraí (-135), Corumbá (-125) e Naviraí (-121).