Campo Grande registrou em novembro um inflação de 0,43%, segundo o apurado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi o segundo maior percentual entre as 13 capitais em que a entidade faz o levantamento, sendo superado apenas por Recife, em Pernambuco, com 0,60%.
A inflação registrada na capital sul-mato-grossense no mês passado ficou bem acima do índice nacional para o período, que foi de 0,18%. Entretanto, foi menor que a apurada em outubro na cidade, quando o percentual chegou a 0,53%. No acumulado de 2016, chegou a 6,78%, a terceira maior entre as capitais pesquisadas pelo IBGE, e nos últimos 12 meses atingiu 7,76%.
De acordo com o instituto, dos nove grupos de produtos que compõem o levantamento do IPCA, sete contabilizaram aumento de preços em novembro em Campo Grande. Os maiores incrementos foram nos segmentos de “Despesas Pessoais”, com 1,07%; “Vestuário”, com 1,03% e “Habitação”, com 0,86%.
No grupo de “Despesas Pessoais”, o IBGE aponta que o levantamento revelou que em âmbito nacional se sobressaiu o incremento dos gastos com o “empregado doméstico”, com 0,87% de aumento.
Já no grupo “Habitação”, a variação registrada no mês, conforme o instituto, sofreu o impacto da introdução da bandeira tarifária amarela em substituição à verde, a partir de 1º de novembro, com custo adicional de R$ 1,50 por cada 100 kilowatts/hora consumidos.
Outro indicador também aponta inflação
Outro indicador que mede a inflação na capital de Mato Grosso do Sul, o Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande (IPC/CG), do Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais (Nepes), da Uniderp, também apontou alta em novembro, 0,20%. Ficou abaixo dos 0,33%, apurados pela entidade em outubro e no acumulado do ano chegou a 6,40% e dos últimos 12 meses a 7,30%.
De acordo com o coordenador do Nepes, Celso Correia de Souza, os principais responsáveis pela inflação de novembro foram os grupos: “Habitação”, com elevação de 0,47%; “Vestuário”, com inflação de 1,51%; “Despesas Pessoais”, com alta de 0,20%. “Tivemos a volta da bandeira amarela para a energia elétrica, o que impactou o grupo de 'Habitação', compensado pelos grupos Alimentação, Transportes, Educação e Saúde, que tiveram deflações em novembro”, explica.
Conforme Souza, os dez “vilões” da inflação, em novembro, foram: “energia elétrica”, com índice de variação de 3%; “automóvel novo”, com 2,20%; “costela”, com 6,97%; “acém”, com 3,42%; “paleta”, com 9,79%; “aluguel apartamento”, com 0,53%; “aluguel casa”, com 0,53%; “sabonete”, com 4,21%; “alface”, com 9,48% e “frango”, com 1,95% .
Já os dez itens que auxiliar a conter a inflação no período, com a redução de preços, foram: “tomate”, com deflação de 33,37%; “batata”, com 16,78%; “feijão”, com 11,25%; “repolho”, com 41,51%; “cenoura”, com 31,73%; “maçã”, com 5,84%; “alho”, com 25,85%; “sapato feminino”, com 3,78%; “short e bermuda masculina”, com 3,20% e “patinho com baixa”, com 4,29%.