Motorista de van é executado a tiros e ex-policial é preso por envolvimento no crime

O motorista de uma van identificado como Valdinei Marcos da Silva, de 39 anos, foi morto com quatro tiros de espingarda na cabeça, no começo da tarde de domingo (09/02), na BR-060, no trecho entre os municípios de Jardim e Bela Vista.

De acordo com as primeiras informações policiais, ele estava com uma passageira quando foi interceptado por outro veículo e chegou a sair da pista. O homem desceu armado, para reagir à ação, mas os ocupantes do outro carro foram mais rápidos e dispararam quatro vezes em sua cabeça.

A Força Tática da Polícia Militar e a PRF (Polícia Rodoviária Federal) foram acionadas, comunicando a situação para região. Os três suspeitos foram encontrados pelo DOF (Departamento de Operações de Fronteira) em uma caminhonete Fiat Toro, quando tentavam fugir para o Paraguai.

Ex-policial participou da execução

Um dos envolvidos na execução de Valdinei Marcos da Silva, é o ex-policial civil José Adão Correa, de 54 anos, que está usando tornozeleira eletrônica por crime cometido recentemente no Estado do Paraná, onde responde por tráfico de drogas. Tanto o ex-policial quanto o comparsa, Alexandre Lanzoni, de 33 anos, foram presos horas depois após o crime pelo DOF.

Eles seguiam para Amambai numa Fiat Toro preta quando foram abordados pela equipe policial. Na picape, foram localizados a arma usada no assassinato, uma espingarda calibre 12, um capuz balaclava e quase 9 mil em dinheiro.

Conforme a polícia, durante a prisão dos autores, um acusou o outro pelos disparos, mas acabaram narrando o mesmo fato de que a vítima foi baleada com a van ainda em movimento na BR-060, no sentido Bela Vista, e na sequência, atingida por mais tiros.

Durante diligências, na casa de Alexandre foram encontradas uma pistola 9mm, duas carabinas e dezenas de munições. Em consulta no sistema da polícia, foi verificado que o ex-policial foi demitido em 2018 por irregularidades administrativas após PAD (Processo Administrativo Disciplinar). Ele foi condenado por fazer da delegacia de Coronel Sapucaia um balcão de negócio.

Os dois foram presos em flagrante e levados para a Delegacia de Polícia Civil de Jardim.