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SEXTA-FEIRA, 29 DE MARÇO DE 2024
05 de OUTUBRO de 2016 | Fonte: G1

Seca deixa mil municípios em emergência

Situação, mais grave no NE, também atinge Centro-Oeste, Norte e Sudeste. No RN, mais de 90% dos municípios têm problema de abastecimento.
Rio Juruá, em Cruzeiro do Sul, passa pela pior seca dos últimos cinco anos (Foto: Anny Barbosa/G1)

Ao menos 1.083 municípios do país, além do Distrito Federal, estão em situação de emergência por conta da seca ou da estiagem, segundo levantamento do G1. Em cinco dos 15 estados afetados, o cenário atinge mais da metade dos municípios – No Rio Grande do Norte, 90% estão em emergência.

 

O levantamento leva em conta os municípios que decretaram emergência e, posteriormente, tiveram tal situação reconhecida pelos governos estaduais, o que garante o acesso a recursos desses entes públicos.

 

O Nordeste é a região mais afetada. Lá, todos os estados têm cidades em emergência. A situação, entretanto, também atinge o Centro-Oeste, o Norte e o Sudeste.

 

Entre as cidades afetadas pela seca estão Rio Branco, onde o Rio Acre chegou a atingir o menor nível da história em 17 de setembro; Vitória, que enfrenta racionamento desde o dia 22 – o município, entretanto, não está na lista dos que tiveram emergência reconhecida pelo governo; e Brasília, onde algumas regiões chegaram a sofrer racionamento de 23 a 25 de setembro. O governo distrital prevê aumentar o valor das contas de água em 20% caso o nível dos dois principais reservatórios caia a 25%.

 

Além de problemas de abastecimento, a seca tem causado prejuízos à economia. Em Mato Grosso, a produtividade da safra de milho de 2016 caiu 32% em relação à safra 2014/2015, o que resulta numa perda de R$ 32 bilhões, segundo estimativas do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuário (Imea). No Sergipe, a perda de safra de milho atinge 80%. No Espírito Santo, a produção de café robusta caiu 40% em 2016 na comparação com o pico de 2014.

 

Em Goiás, embora não haja decretos de situação de emergência por conta de seca ou estiagem, o governo contabiliza 14 cidades que podem enfrentar problemas de abastecimento. Dentre elas está Goiânia, em razão da diminuição do nível do manancial que abastece a capital.

 

No Amazonas, o governo do estado avalia pedidos de reconhecimento de situação de emergência já decretadas por municípios. A navegação em trechos do Rio Madeira entre Amazonas e Roraima está restrita desde julho.

 

Previsão

A previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) para os próximos três meses -- outubro, novembro e dezembro (veja o mapa abaixo) --, mostra que as chuvas devem se comportar de forma variada dependendo da região do país.

 

Por exemplo, em alguns estados do Nordeste, como Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Sergipe, são esperadas chuvas acima do normal. A região central da Bahia, no entanto, deve ter menos precipitação que o normal.

 

De acordo com a meteorologista Odete Chiesa, do Inmet, o Nordeste sofre com a seca há pelo menos quatro ou cinco anos. “Ano passado isso ocorreu bastante com relação ao El Niño, choveu muito no sul e pouco na parte mais ao norte do país. Este ano, isso se deve à ausência de passagem de frente fria, e a região Amazônica também está bem mais seca, demorou mais para ter as primeiras chuvas”.



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