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TERÇA-FEIRA, 16 DE ABRIL DE 2024
09 de ABRIL de 2016 | Fonte: Folha de S. Paulo

Sob avanço da H1N1, seis Estados, além de DF, adiantam vacinação

Disseminação da gripe H1N1 levou governos a ligar alerta com medidas de prevenção

A preocupação com o avanço da gripe H1N1 já ultrapassa São Paulo, Estado que concentra a maioria dos casos, e se estende para outros pontos do país. O alerta ocorre diante de sinais de alta antecipada nos registros de casos da chamada SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) e de mortes pelo vírus em outros Estados.

 

Ao todo, ao menos cinco deles, somados ao Distrito Federal e SP, já decidiram antecipar a vacinação, até então prevista para ocorrer em todo o país só a partir de 30 de abril. Em SP, por exemplo, a partir de segunda (11), a vacina estará disponível para gestantes, crianças de seis meses a até cinco anos e idosos.

 

Para Cláudio Maierovitch, diretor do departamento de doenças transmissíveis do Ministério da Saúde, apesar de haver indícios de aumento de casos em outros pontos do país, principalmente em Santa Catarina, Goiás e Distrito Federal, segundo ele, ainda não é possível saber se esse avanço será mantido, assim como ocorre em São Paulo.

 

"Em Estados de menor população [e com menor número de casos], essa análise é mais difícil", afirma ele. "Fazendo uma análise nacional, temos a impressão que a estação de gripe já chegou". Para Maierovitch, apesar da necessidade de atenção, não há razão para alarme exagerado em todo o país.

 

"A ideia de que gripe é uma doença menor ainda é muito disseminada. Dificilmente vou me queixar de um alarme excessivo. Mas pelos dados que temos por enquanto, não parece que já tenhamos razão para isso", afirma.

 

"Mas temos razões, sim, para alertar, especialmente pelo risco de uma situação de maior gravidade passar despercebida. Não temos que esperar uma epidemia para falar de prevenção".

 

ANTECIPAÇÃO

Em Goiás, a imunização para o público considerado de maior risco de complicações da gripe (como gestantes, crianças menores de cinco anos e idosos) deve começar já no dia 12 na capital e em outras cidades do entorno. No dia 18, a vacinação será estendida para os demais municípios goianos. A medida ocorre diante de um aumento de casos graves ligados ao vírus H1N1.

 

 

Dados da Secretaria de Saúde do Estado apontam dez casos de síndrome respiratória aguda grave por H1N1 e seis mortes já confirmadas no mesmo período de 2015, não houve registros. O número de casos em investigação, no entanto, é maior, afirma o titular da pasta, Leonardo Vilela.

 

"Houve um aumento bastante expressivo. Em duas a três semanas, tivemos mais de uma centena de casos suspeitos notificados. É bastante significativo, e há possibilidade de aumentar. Temos um surto em Rio Verde e na capital", diz o secretário, que reativou um comitê de especialistas em gripe A com reuniões semanais para acompanhar o cenário.

 

Outro alvo de alerta é Santa Catarina, Estado que já soma 41 casos graves e seis mortes confirmadas pelo H1N1.

 

 

O diretor de vigilância epidemiológica, Eduardo Macário, diz que ainda não é possível falar em surto. "A quantidade de casos é atípica para o momento, mas não em termos de carga, porque já tivemos quantidade maior", completa ele, que lembra que a última vez em que ocorreu forte aumento de casos foi em 2013.

 

"O que geralmente acontece é que os casos iniciam no começo de maio. É a primeira vez que temos casos de influenza tão antes do inverno". Assim como os casos surgiram mais cedo, o Estado também decidiu iniciar antes a vacinação contra a gripe: será em 25 de abril.

 

 

A decisão foi seguida pelos outros Estados da região Sul, Rio Grande do Sul e Paraná. No Norte, após uma morte por H1N1, o Amapá também decidiu antecipar a imunização.

 

 

No Distrito Federal, a secretaria anunciou que irá iniciar a vacinação contra gripe no dia 25, para crianças até seis anos e gestantes. A data, porém, poderá ser adiantada para o dia 18, caso mais doses da vacina sejam enviadas até a próxima semana.

 

 

Balanço da pasta aponta 22 casos de síndrome aguda respiratória grave e três mortes por H1N1. Não houve registros no ano anterior. Em 2014, foram quatro casos da síndrome no mesmo período.



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