Aproximadamente 843 quilômetros das 11 rodovias federais que cortam Mato Grosso do Sul estão em situação precária ou critica. Apenas duas rodovias: BR-060 e BR-419 são consideradas de trafego regular em toda sua extensão.
E quem precisa transitar por essas rodovias quase que diariamente para garantir o pão de cada dia sente na pele os problemas do “trecho”.
Na estrada há pouco mais de 30 anos, o caminhoneiro João Alves, 58 anos, diz que sente as dificuldade de “rodar” nas rodovias federais. Segundo ele, alguns trechos acabam com o caminhão.
“Eu estou na estrada diariamente e têm lugar que é complicado. Apesar de todo o país estar ruim, aqui em Mato Grosso do Sul são poucos trechos que estão ruins, dá pra levar”, diz.
O motorista Waldemar Teodoro de Almeira, 52 anos, reclama das condições da BR-262, no trecho entre Três Lagoas e Água Clara. “Lá está muito feio, é muito buraco e o desnível é demais. Sem contar que para nós que trabalhamos com carga é muito perigoso”, relatou.
Já o motorista, Waldemir Pereira de Almeida, 46 anos, também reclama das condições da BR-262. Segundo ele, alguns trechos estão “muito ruins”. “A BR-262 está muito ruim. Antigamente tínhamos problemas com a BR-163, mas agora com a privatização a tendência é melhorar. Tem trechos que estão ruins sim, mas dá pra levar”, ponderou.
Conforme dados do DNIT(Departamento Nacional de Infraestrutura e Transito), a situação mais preocupante é da BR-163, que em seus 847,2 quilômetros de extensão no Estado possuí três trechos considerados críticos e oito em situação precária que requer atenção redobrada dos motoristas. Aproximadamente 487,2 quilômetros da rodovia estão sob observação.
O trecho da rodovia que está mais afetado compreende cerca de 40 quilômetros entre os KM-580 e KM-620, trecho liga o distrito de Capim Verde ao município de São Gabriel do Oeste.
Outros dois trechos apresentam observação e são considerados críticos. São eles: KM-773 ao KM-838 próximo ao município de Pedro Gomes e o KM-838 ao KM-852, na região norte, próximo a divisa do Estado com o Mato Grosso.
A segunda rodovia a apresentar a maior extensão de trechos considerados críticos é a BR-262, que em seus 783 quilômetros de extensão possui 126,8 quilômetros considerados precários. Ao todos são dois trechos, ambos entre os municípios de Três Lagos e Água Clara onde estão sendo realizadas obras para construção de acostamento.
A terceira rodovia em extensão de trechos considerados críticos é a BR-158. São cerca de 34,3 quilômetros entre os municípios de Paranaiba e Aparecida do Taboado, do KM-59,1 ao KM-93,4.
Nas rodovias: BR-487, BR-463 e BR-267 ao todo são 204,8 quilômetros que são considerados críticos. Já nas rodovias: BR-359, BR-376 e BR-454 não existe observação.