O deputado Herculano Borges (Solidariedade) prestou esclarecimento à sociedade sul-mato-grossense sobre um decreto que está circulando nas redes sociais. “O decreto que circula com as novas normas para conter o novo coronavírus nas redes sociais. Hoje cedo entrei em contato com o governador e a procuradora do Estado sobre as atividades religiosas, e não haviam sido incluídas no suposto decreto como atividade essencial, e tive a informação que o documento não foi finalizado, não existe, nem foi ainda publicado no Diário Oficial”, relatou.
“Deixo claro a todos estão que informações errôneas sendo divulgadas, e pelo que seja observada a Lei 5502/2020, de minha autoria, e aprovada por unanimidade aqui nesta Casa de Leis, que considera a atividade religiosa como essencial, pois todas as religiões têm um papel muito importante neste tempo de pandemia, muitas famílias dependem diretamente do auxílio que a igreja presta de entrega de alimentos ou de atenção. O objetivo das igrejas é ajudar a sociedade e não queremos ajudar a proliferar o vírus”, declarou Herculano Borges.
O deputado Antônio Vaz (Republicanos) considera o momento delicado, e por isso a necessidade da atividade religiosa. “Sabemos da seriedade da situação que vivemos nos dias de hoje, mas as igrejas fazem um papel muito importante para a sociedade, atendendo as pessoas que estão aflitas em meio à pandemia, e as que passam necessidade. A igreja tem atendido essas pessoas, levando a palavra de Deus, dando ânimo a elas, a igreja tem feito esse trabalho essencial e importante para a sociedade”, frisou o parlamentar.
Para a líder do Governo na Assembleia Legislativa, deputado Mara Caseiro (PSDB), os cidadãos sul-mato-grossenseses precisam ter consciência do que estamos vivendo na atualidade. “Quero esclarecer que o documento está sendo elaborado e analisado com cuidado, construído em conjuntos com a consultoria legislativa do Executivo, pois estamos vivendo uma fase bem delicada, todos cidadãos deveriam saber, a taxa de ocupação dos leitos públicos é 99%. Não há como não serem tomadas algumas medidas restritivas, temos que parar a circulação deste vírus. É claro que temos que pensar na economia e em todos os setores que possam ser afetados, mas precisamos pensar em vidas, ter algumas restrições para que esta curva pare de crescer e se estabilizar. O governo está pensando o decreto de forma que possa trazer o cuidado com as vidas, sem deixar de cuidar da economia”, informou.
Lidio Lopes (PATRI) avalia que o Executivo precisa considerar a lei de atividade religiosa essencial. “O estado psicológico e emocional das pessoas está ainda muito abalado. No novo decreto deveria ser mantido para as igrejas, que fosse até as 20h. Os protocolos de biossegurança estão sendo repeitados nas igrejas, com lugares demarcados, álcool gel”, disse o parlamentar.
Já o deputado Cabo Almi (PT) considera a atividade religiosa essencial, mas teme a proliferação da Covid-19, mesmo com todos os cuidados tomados pelos templos. “Estar em templos acaba prejudicando os religiosos. Muitos pastores já faleceram, ainda mais que os padres. Eu acho que secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, não quer prejudicar o agronegrócio, a economia, o comércio, os templos religiosos, nada, quer preservar vidas”, definiu.
Barbosinha (DEM) declarou que a igreja sempre foi necessária na vida das pessoas. “Nos momentos que estamos vivendo é mais necessária ainda a presença dos templos. As angústias daqueles que sofrem e choram são ouvidas e acudidas pelas igrejas recebem os mais necessitados, elas são a parte mais importante em meio a isso tudo que está acontecendo”, frisou.
O deputado Pedro Kemp (PT) acredita que estamos vivendo o pior momento da pandemia, em Mato Grosso do Sul. "As atividades diversas continuam nas cidades do interior como se nada tivesse acontecendo. Festas realizadas em todo o lugar, não entedemos a falta de consciência. As medidas tem que ser adotadas antes do caos se instalar. Que o Governo do Estado publique o decreto com medidas mais restritivas o mais rápido possível, e a prefeitura faça sua parte”, defendeu.