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SEXTA-FEIRA, 29 DE NOVEMBRO DE 2024
08 de MARÇO de 2021 | Fonte: Willams Araújo

Em reunião com prefeitos, SES apresenta quadro assustador sobre a pandemia

Campo Grande e Dourados, as duas maiores cidades do Estado, estão sem vagas de UTI para internar novos pacientes infectados pela Covid-19.
SES reforça intenção da Secretaria de trabalhar em conjunto com as prefeituras no sentido de conter o avanço da doença (Foto: Divulgação)

Durante reunião na manhã desta segunda-feira (08/03) no plenário da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), em Campo Grande, a secretária-adjunta de Estado de Saúde, Christine Maymone, apresentou um quadro assustador sobre a pandemia da Covid-19 (novo coronavírus), destacando principalmente os percentuais de ocupação de leitos hospitalares nos municípios.

 

Ela foi até a entidade expor dados do Programa Prosseguir (Programa de Saúde e Segurança da Economia) e números sobre a vacinação em Mato Grosso do Sul.

 

Maymone atestou que a Capital e Dourados, a segunda maior cidade do Estado, estão sem vagas de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para internar novos pacientes infectados pela doença no Estado.

 

Uma das maiores preocupações do governo é com a nova variante da Covid-19 no Estado.

 

Além de apresentar o mapa da situação nas macros e micros regiões da saúde, ela reforçou a intenção da Secretaria de trabalhar em conjunto com as prefeituras no sentido de conter o avanço da doença.

 

Segundo ela, o quadro de superlotação dos hospitais preocupa muito no momento em que o Estado bate recorde de internações desde a constatação do primeiro caso de Covid-19 em MS. Atualmente, 724 pacientes estão hospitalizados.

 

O Prosseguir tem como objetivo estruturar um método baseado em dados, informações e indicadores capazes de nortear os diversos agentes da sociedade, principalmente os entes públicos, a tomarem suas decisões e tornarem suas ações mais eficientes no combate à propagação e aos impactos da Covid-19 no Estado.

 

O presidente da Assomasul, Valdir Júnior, também se manifestou preocupado com o grau de contaminação, mas garantiu que os 79 prefeitos vêm fortalecendo o sistema de  vigilância sanitária dos municípios, o que, segundo ele, contribui muito dentro da estratégia visando conter a disseminação da doença.

 

O dirigente agradeceu ao secretário de Saúde, Geraldo Resende, que não pôde comparecer devido à sua agenda pública em Dourados, onde foi para o ato de inauguração de um hospital.

 

Ele destacou que, apesar da situação delicada, Mato Grosso do Sul está entre os cinco estados do País que mais vacinaram contra a Covid-19 até agora.

 

“Isso faz parte do pacto federativo”, disse Valdir Júnior, em referência a parceria com o Ministério da Saúde que assumiu a política de aquisição e distribuição dos imunizantes entre os estados e municípios.  “Claro, existem as dificuldades dos municípios, cada um tem a sua particularidade. Mas estamos trabalhando de forma conjunta para diminuir os riscos de contaminação".

 

O presidente da Assomasul informou que antes do encontro com os técnicos da área de Saúde de reuniu com os presidentes dos seis consórcios municipais a fim de traçar uma estratégia de atuação.

 

A ideia, segundo ele, é que os consórcios passem a comprar vacinas caso o governo federal não cumpra com o PNI (Plano Nacional de Imunização), conforme garantia dada pelo ministro Eduardo Pazuello, durante videoconferência com prefeitos e a CNM (Confederação Nacional de Municípios), semana passada.

 

Os seis consórcios são Cidema (Anastácio, Antônio João, Aquidauana, Bela Vista, Bonito, Camapuã, Caracol, Corguinho, Corumbá, Guia Lopes da Laguna, Jaraguarí, Jardim, Ladário, Maracaju, Miranda, Nioaque, Porto Murtinho, Rio Negro, Rochedo e          Sidrolândia); Cidecol (Água Clara, Aparecida do Taboado, Cassilândia, Chapadão do Sul, Inocência,  Paranaíba, Ribas do Rio Pardo e/ Selvíria); Codevale (Angélica, Anaurilândia, Bataguassu, Bataypora, Brasilândia, Ivinhema, Glória de Dourados, Nova Andradina,  Novo Horizonte do Sul, Santa Rita do Pardo e Taquarussu; Cideco (Deodápolis, Douradina, Fátima do Sul, Glória de Dourados, Itaporã, Jateí, Nova  Alvorada do Sul, Novo Horizonte do Sul, Rio Brilhante e Vicentina; Conisul (Iguatemi, Mundo Novo, Eldorado,  Japorã, Itaquiraí, Naviraí, Jutí, Caarapó,  Tacuru, Sete Quedas, Paranhos, Coronel Sapucaia, Aral Moreira e Amambai; e Cointa (Alcinópolis, Bandeirantes, Camapuã, Costa Rica, Coxim, Figueirão, Pedro Gomes, Rio Verde, São Gabriel do Oeste e Sonora.

 

A palestra de Christine Maymone com foi transmitida ao vivo pelo canal do Youtube Imprensa/Assomasul para prefeitos e secretários municipais que não puderam comparecer e contou com a participação do médico infectologista Júlio Croda, da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), Coronel Fraiha e Larissa Castilho, ambos da campanha de vacinação contra a Covid.

 

Croda desenhou a situação em alguns estados da federação, pontuando que no Rio Grande do Sul, que é um dos mais organizados na área de saúde, o percentual de ocupação dos leitos hospitalares ultrapassa os 100%.

 

“Mato Grosso do Sul está na média, ainda não colapsou”, destacou, acrescentando que o país está entrando na fase mais crítica no contexto de uma variante da Covid-19. O médico se colocou a disposição dos prefeitos e do governo para o suporte técnico necessário visando auxiliar no combate a doença.



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