Devido a greve dos funcionários dos Correios, que tem adesão em pelo menos 20 municípios de Mato Grosso do Sul, a empresa tem feito força-tarefa para minimizar os impactos a população e atrasos nas entregas.
Neste fim de semana, no sábado (22/08) e domingo (23/08) foi realizado um mutirão de entrega em todo o País e a ação deve continuar enquanto perdurar a paralisação, que segue por tempo indeterminado, segundo o Sindicato dos Trabalhadores nos Correios, Telégrafos e Similares do Estado (Sintect-MS).
Conforme os Correios, com o apoio dos empregados da área administrativa e o remanejamento de veículos, além de outras medidas, a expectativa é realizar a entrega de um volume 4 vezes maior de encomendas, aos fins de semana.
Ainda segundo a estatal, as agências continuam abertas mesmo com o efetivo reduzido, e serviços e produtos, inclusive o Sedex e o PAC, continuam sendo postados e entregues.
Permanecem temporariamente suspensos os serviços com hora marcada, medida em vigor desde o anúncio da pandemia.
GREVE
Funcionários dos Correios entraram em greve no dia 18 de agosto, reivindicando manutenção dos direitos trabalhistas.
Presidente do Sintect-MS, Elaine Regina de Souza Oliveira, disse ao Correio do Estado que o objetivo não é reajuste ou mais benefícios, apenas a manutenção dos que constavam em acordo coletivo e foram retirados.
Conforme Elaine, no início deste mês, funcionários foram surpreendidos com a revogação do atual acordo, que teria validade até julho de 2021. Entre os benefícios revogados estão o auxílio-creche e vale-alimentação.
Diante da situação, tentativas de um novo acordo foram feitas, sem sucesso.
"Último pedido que fizemos era que mantivesse direitos e não iriamos fazer a greve, mas mesmo assim o Correios se negou. Tentamos meses de negociação para demonstrar que não há intransigência, apresentamos pauta que não aumentava em nada o que já temos", explicou Elaine.
Na sexta-feira (21/08), o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu, de forma definitiva, o acordo coletivo dos trabalhadores dos Correios.
A pedido da estatal, uma liminar com esse teor já havia sido concedida pelo presidente da Corte, Dias Toffoli, no dia 1º de agosto,e o plenário virtual do Supremo formou maioria para confirmar a decisão.
Os empregados prometeram intensificar o movimento. Os Correios informaram que não foram notificados sobre a decisão e que, somente depois disso, vão se manifestar.