Não há como negar que as novas tecnologias estão acelerando os processos de transformação da nossa sociedade e precisamos nos preparar para o futuro da educação e do trabalho. Graças à iniciativa do Sebrae/MS, na noite desta terça-feira (02/07), esse novo olhar da tecnologia e da inovação dentro de um contexto educacional prático e as competências do século XXI foram debatidas por renomados especialistas, na sede da instituição, em Campo Grande.
Na abertura do evento, a diretora técnica do Sebrae/MS, Maristela França, destacou que o grande desafio entre o ser humano e a robotização é que cada vez mais as pessoas terão que ser mais humanos. “Muito mais de inovação vem chegando, mas a inovação a serviço da humanidade, da educação e não como algo que vem para concorrer conosco”, declarou.
Edson Mackeenzy, eleito Melhor mentor do Brasil em 2018 pela ABStartups, também foi um dos palestrantes sobre a temática e ressaltou que a experimentação é parte do aprendizado e é preciso estimular todos os profissionais, independentemente da idade, a experimentar. “A experimentação é fundamental para que possamos aprender e, por um outro motivo, quando você experimenta passa a encontrar ambientes diversos, essa experimentação traz essa pluralidade dos canais e, principalmente, a grande capacidade de observar o inovador”, disse.
Para a especialista na temática Futuro do Trabalho, Eliza Hostin, estão emergindo novas narrativas que falam de abundância, de colaboração, do retorno ao que nos faz humanos. “Redes e descentralização serão cada vez mais fortes e isso fortalece o contato entre pessoas”, disse, ressaltando que um novo sistema educacional como expansão de consciência vai precisar nascer, um modelo que ajude cada um a encontrar seu propósito e mostre que o trabalho não é necessariamente um emprego, mas uma troca com o mundo.
O educador, jornalista e escritor, coautor do Volta ao Mundo em 13 Escolas), André Gravatá também contribuiu com as discussões da temática voltada para a educação. Para ele, na narrativa do futuro, que está mais presente do que a gente imagina, o aluno é protagonista, empreendedor, ativo e tem pensamento coletivo.
Gravatá avalia que ao repensar a escola e a universidade, deve-se repensar desde a educação infantil, ensino fundamental, médio e superior, entendendo a importância de que isso aconteça ao mesmo tempo. “É muito importante ver o quanto essas propostas de educação mais criativas também provocam a gente a viver mais junto com idades diferentes. Esse olhar que percebe a convivência como um fator que é o motor da aprendizagem é muito importante se afirmar em nosso tempo”, pontuou.
Empreendedorismo na educação
O Sebrae conta com vários eventos e programas voltados para este assunto, sendo um deles o Programa Nacional de Educação Empreendedora (PNEE). Criado em 2013, tem o objetivo de disseminar conteúdos relacionados ao empreendedorismo nos níveis básico, superior e profissional de ensino.
Com o programa, os professores são capacitados para ensinar aos alunos os preceitos básicos do empreendedorismo, como, por exemplo, cooperação, cidadania, ética e desenvolvimento no comportamento pessoal e profissional.