Um dia após a demissão do presidente do ICMBio, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, voltou a cogitar a fusão do órgão com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama).
A ideia havia sido estudada em dezembro, durante o governo de transição, mas descartada após críticas de ambientalistas.
Procurado pelo blog, Salles confirmou que voltou a cogitar a ideia da fusão entre ICMBio e Ibama, “tendo em vista a reiterada experiência de destruição encontrada em vistorias” que fez pelo país, nos últimos dias.
“Gestão zero, viaturas quebradas, prédios abandonados”, disse o ministro ao blog.
Ibama e ICMBio são órgãos vinculados ao ministério do Ambiente e dividem o trabalho de fiscalização e preservação do meio ambiente.
O ICMBio gerencia unidades de conservação federal, enquanto o Ibama tem como principal atribuição o licenciamento de obras.
Durante a discussão sobre a unificação dos órgãos em dezembro, integrantes do governo de transição alegavam que havia sobreposição de tarefas, o que é rechaçado por ambientalistas.
Salles voltou a estudar o assunto um dia após Adalberto Eberhard pedir, no último domingo (14), demissão da presidência do ICMBio. A exoneração a pedido do presidente do instituto foi publicada na edição desta terça (16) do "Diário Oficial da União".
Segundo o jornal "O Globo", Eberhard era contrário à fusão entre o ICMBio e o Ibama.
O ministro do Meio Ambiente é acusado de ameaçar investigar agentes do órgão, o que ele nega. Salles disse que ainda não definiu o substituto de Eberhard, mas que busca um nome “competente e firme”.