Mato Grosso do Sul já colheu mais da metade da área cultivada com milho na segunda safra, também chamada de safrinha ou safra de inverno. Segundo dados do Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (SIGA), da Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja/MS) e Sistema Famasul, até sexta-feira passada (10), os agricultores do estado já haviam colhido 887 mil hectares de um total de 1,7 milhão de hectares cultivados neste temporada, o que representa 53,3%.
O trabalho segue mais acelerado na região norte, onde dos dez municípios que cultivam o cereal, três já haviam encerrado a colheita: Alcinópolis, Coxim e Pedro Gomes e, em outros quatro o índice estava acima dos 80%: Chapadão do Sul, Costa Rica, Paraíso das Águas e Sonora. Na região a média é de 84,7% das lavouras colhidas.
Em contrapartida, o avanço é menor na região central do estado, onde a média de áreas colhidas é de 50,2% e no sul, onde o percentual é de apenas 44,4%. Nesta última região, inclusive, está o índice mais baixo do estado. Em Bonito, menos de 10% das áreas cultivadas com milho foram colhidas até a sexta-feira passada.
A Aprosoja/MS vem mantendo nos últimos relatórios do SIGA a estimativa de produção feita no início de junho, a de uma colheita neste ciclo de 6,9 milhões de toneladas, com uma média de produtividade de 68 sacas por hectare. Se confirmada, a projeção vai representar uma queda da produção de 29,31% frente a temporada passada, quando os produtores sul-mato-grossenses colheram na safra de inverno de milho, 9,8 milhões de toneladas.
A entidade vem reiterando que a redução ocorre em razão da retração de 8,21% na área cultivada, que caiu entre os dois ciclos de 1,8 milhão de hectares para 1,7 milhão de hectares e dos efeitos climáticos negativos, com a escassez e distribuição irregular das chuvas durante o período de desenvolvimento das lavouras, o que derrubou a produtividade em 22,9%.
Cotação
Em julho, o preço do milho avançou no mercado interno. A alta foi de 6,1%, com a saca sendo cotada no início do mês a R$ 26,44 e no fim a R$ 28,06, em razão, conforme o boletim Casa Rural do Sistema Famasul, das incertezas quanto a produtividade do grão e da valorização no mercado internacional.
Deste modo, a comercialização antecipada do cereal que neste primeiro terço de agosto da safra passada era de 31,2% subiu na comparação com o mesmo intervalo de tempo desta temporada para 36,3%.