Pelo menos 11 pessoas morreram e 28 ficaram feridas hoje (15) em confrontos em Mogadíscio, quando a missão da União Africana na Somália (Amisom) e soldados somalis tentavam desarmar o líder de uma milícia armada.
Os confrontos ocorreram durante a madrugada quando as tropas da Amisom e os militares do Exército Somali assaltaram a casa do ex-líder do distrito de Wadajir, Ahmed Daaci, que acusam de violar a segurança da região.
Apesar de as autoridades não avançarem com dados oficiais, um funcionário da Organização das Nações Unidas e testemunha do ocorrido, Ali Hassan Beerka, disse à agência de notícias espanhola Efe que se registaram pelo menos 18 mortes, incluindo vários civis.
Os confrontos também provocaram a destruição de várias construções na região, segundo relatos de locais.
A operação da Amisom e do Exército Somali faz parte de uma campanha governamental para desarmar as milícias que controlam algumas áreas da cidade de Mogadíscio.
Nos últimos meses, a capital Somali registou vários ataques com carros-bombas e disparos contra políticos e representantes governamentais, que têm sido todos reivindicados pela milícia radical islâmica da Somália Al Shabab.
A Al Shabab, que em 2012 anunciou a sua adesão formal à rede terrorista Al-Qaeda, luta pela instauração de um Estado Islâmico.
A Somália vive um estado de guerra e caos desde 1991, quando foi deposto o ditador Mohamed Siad Barre, que deixou o país sem governo e nas mãos de milícias radicais islâmicas e grupos de delinquentes armados.