Soja sendo processada após a colheita em Mato Grosso do Sul (Foto: Famasul/Divulgação) |
Incertezas causadas pelo projeto de tabelamento do frete, recuo do dólar e pela crise comercial entre a China e os Estados Unidos afetaram as cotações internas da soja em Mato Grosso do Sul. O preço médio da saca caiu 3,22% e fechou em R$ 73,19 no começo da semana depois de atingir R$ 75,63 no dia 17 de julho.
Mesmo assim, a oleaginosa acumula alta de 2,45% no mês. Em relação ao mesmo período do ano passado, os valores estão 25,44% maiores.
Segundo boletim da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária), Chapadão do Sul soma 5% de saldo positivo no preço da soja em julho, o maior acumulado entre os municípios mesmo após a queda de 2% registrada na última semana, a menor entre as cidades pesquisadas.
Dourados, onde a soja chegou a ser comercializada por R$ 77, teve o menor avanço do mês até o momento acumulando 1,37% de acréscimo nas cotações. Atualmente o produto é cotado a R$ 74.
Na variação entre os dias 17 e 23 de julho, Chapadão do Sul teve a maior queda na saca da oleaginosa, que foi de R$ 75 para R$ 72. Isso representa retração de 4%. Em Ponta Porã, os preços despencaram de R$ 76 para R$ 73, baixa de 3,95%.
Até o dia 23 de julho, o estado havia vendido 76,60% da safra colhida em 2018, o que representa uma avanço de 13 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ciclo 2016/2017. Isso significa que o produtor tem aproveitado as janelas de comercialização, que são os momentos em que as cotações atingem bons valores, com cautela e analisando o cenário econômico.