O lançamento oficial da colheita do milho safrinha está marcado para a segunda-feira (25), mas alguns produtores já colocaram as máquinas no campo. A estiagem afetou seriamente as lavouras na região sul de Mato Grosso do Sul, que podem ter até 40% de perdas na produção.
Colheita do milho em safras anteriores em MS (Foto: Arquivo) |
Segundo o analista em grãos da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), Leandro Carloto, esse percentual leva em consideração todas as áreas semeadas no estado. Individualmente, alguns alguns produtores não conseguirão colher nada este ano.
“Na região norte, as plantações não apresentaram problemas e estão boas em produtividade, em média de 90 a 100 sacas por hectare. Na região sul, a expectativa é de 60 a 70 sacas por hectare. Como essa área é mais expressiva nesse cultivo, deve refletir mais na produtividade total”, pontua.
Esses dados até o momento são apenas projeções. A entidade vai acompanhar a colheita e deve emitir um balanço mais preciso entre o julho e agosto. “Já temos hoje entre 3% e 4% da safra colhida, mas esse trabalho é bem pontual, pois começou há dez dias”, afirma Carloto.
Valores – Desde o início do plantio os preços estavam em elevação graças à quebra de safra argentina. O problema no país vizinho causou baixa indisponibilidade do milho no mercado, deixando as sacas mais caras. Além disso, o produto também teve interferência positiva da alta no dólar.
“Tivemos negócios sendo fechados a R$ 33 e R$ 34 a saca. O preço agora está retrocedendo um pouco e já não há mais negócios acima dos R$ 30 no estado. A tendência é que os valores se mantenham estáveis”, completa.