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SÁBADO, 20 DE ABRIL DE 2024
28 de MAIO de 2018 | Fonte: G1

Três entidades dizem concordar com fim da greve, mas pedem tempo

Veja o que dizem as entidades dos caminhoneiros após novo anúncio do governo.
Greve dos caminhoneiros segue em estradas do Oeste Paulista (Foto: Reprodução/TV Fronteira)

Tês entidades de caminhoneiros ouvidas pelo G1 nesta segunda-feira (28/05) dizem que aceitam a proposta feita pelo governo para encerrar a greve que já dura 8 dias. Elas afirmam que estão comunicando os grevistas sobre o fim do movimento.

 

Outras entidades e lideranças, como a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) e o Sindicato Interestadual dos Caminhoneiros Autônomos, não tratam a paralisação como encerrada. Ainda há protestos pelo país.

 

Neste domingo (27/05), o presidente Michel Temer anunciou a redução de R$ 0,46 no litro do diesel por 60 dias, o estabelecimento de uma tabela mínima dos fretes, a isenção da cobrança de pedágio para eixo suspenso de caminhões vazios, em rodovias federais, estaduais e municipais, entre outras medidas.

 

O ministro Carlos Marun (Secretaria de Governo) disse não haver previsão de quando a paralisação dos caminhoneiros irá acabar, porque não há uma liderança única do movimento. "São vários líderes. Ouvimos vários desses líderes e, do que ouvimos, elaboramos essa pauta que nós entendemos que atende aos pleitos dos caminheiros e fomos ao máximo do que o governo poderia ceder", disse.

 

Veja o que dizem lideranças e entidades:

Abcam

A Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) informa que “ainda não houve tempo hábil para que todos os caminhoneiros tomassem conhecimento da decisão tomada. A entidade vem trabalhando para que a informação do acordo chegue em toda a categoria. Vale lembrar que ainda que a entidade se manifeste pelo fim das paralisações, nem todos os manifestantes seguem o mesmo entendimento. Mas acreditamos que até o fim da tarde de hoje a quantidade de caminhões parados tenha sido reduzida de forma significativa”.

 

Unicam

Em conversa com o G1, o presidente da União Nacional dos Caminhoneiros (Unicam), José Araújo Silva, o China, disse que muitos caminhoneiros não sabem o que está acontecendo (sobre comunicado de acordo).

 

“Continuam parados por falta de comunicação. Mas agora não tem como prosseguir a greve. Vão prorrogar o aumento para 60 dias, o que já é uma grande vantagem. Agora precisa bater com o governo outras metas", afirmou China, sem citar outras reinvidicações.

 

"O ponto principal era o aumento do óleo diesel. Agora o governo já fez o pronunciamento e cabe às entidades fazerem a comunicação. Não tem como continuar”, informou China, que por volta das 7h30 disse que iniciaria a comunicação com os sete grupos de WhatsApp que faz parte. Cada grupo conta com cerca de 200 caminhoneiros.

 

Para China, a movimentação deve começar a acontecer por volta das 12h desta segunda-feira (28).

 

Movimento de Transportadores de Grãos de Mato Grosso

Gilson Baitaca, representante do Movimento dos Transportadores de Grãos de Mato Grosso, que está em Brasília e participou das negociações, diz que a categoria foi muito bem atendida e agora os caminhoneiros começam a deixar os bloqueios nas rodovias de MT.

 

Porém, há motoristas que não estão ligados ao setor e querem intervenção. Segundo Baitaca, os ligados ao sindicato devem começar a liberar os 30 pontos de manifestação no estado.

 

Sindicato dos Transportadores de Cargas Autônomos de Goiás

Diz que o movimento vai além do sindicato e não pode responder por ele. O sindicato quer se encontrar com o governador de Goiás para pedir a redução do ICMS.

 

Fetrabens

Cláudio Ferreira, assessor da Federação dos Caminhoneiros Autônomos de Cargas em Geral do Estado de São Paulo (Fetrabens) informou que a entidade vai se reunir com o governador de São Paulo às 17h junto com cerca de 20 representantes dos demais sindicatos do estado "para ver se antecipa o término do protesto ao menos em São Paulo". Ele ainda destacou que "quem está mantendo a greve não é a Federação, e sim os caminhoneiros".

 

"A CNTA e a Sindicam/SP já disponibilizaram por WhatsApp e Facebook e está comunicando os caminhoneiros as propostas que foram incluídas no acordo. 90% delas já haviam sido feitas na primeira reunião com a CNTA. E os sindicatos estão levando até os pontos de paralização essas propostas. A decisão é de quem está parado."

 

Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA)

Não tratam a paralisação como encerrada. Segundo a assessoria, as medidas são levadas à base dos caminhoneiros.

 

Líder de manifestação em Canoas (RS)

Um caminhoneiro que representa os manifestantes da Refinaria Alberto Pasqualini, em Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre, disse que continuam com o protesto. "Não reconhecemos nenhum acordo com o governo de ontem pra hoje. Nossa reivindicação não é só pelo diesel, mas pela gasolina, que o pai de família usa, pelo gás de cozinha que impacta muito o orçamento da dona de casa. É pelo Diesel. É por todos os brasileiros . Essa é aa nossa posição de todos os pontos de bloqueios. Todos os portões estão monitorados aqui na refinaria por nós caminhoneiros, motoristas de aplicativos, profissionais autônomos. Não vamos nos desmobilizar".

 

Sindicato Interestadual dos Caminhoneiros Autônomos

Quer levar suas reivindicações à Casa Civil nesta segunda-feira (28). Diz que os autônomos não participaram ativamente das negociações com o governo. Entre as reivindicações deles estão, além da redução do diesel a valores de janeiro, o aumento da pontuação de carteira, de 50 para 100 pontos, a redução do preço do botijão de gás para R$ 60, o cancelamento de multas da ANTT, a criação de uma tabela de frete. a criação de cooperativas de trabalho para dividir as cargas entre os autônomos, entre outras.

 

Sindicato Nacional dos Cegonheiros (Sinaceg)

Representantes do Sindicato Nacional dos Cegonheiros (Sinaceg) estão em reunião desde às 6h para decidir qual posição que será tomada.

 

Líder de paralisação no Maranhão

Um advogado que representa caminhoneiros autônomos do movimento no Maranhão afirma que a categoria não se sente representada pelos grupos que vem negociando com o governo. Informou que eles querem mudanças na política de preços e não algo temporário, como redução por alguns dias.

 

Líder de movimento no Pará

O presidente do sindicato dos caminhoneiros autônomos do Pará diz que não vai se pronunciar sobre o assunto.

 

Líder de movimento no Tocantins

Um advogado que representa caminhoneiros autônomos do movimento no Tocantins afirma que a categoria não se sente representada pelos grupos que vem negociando com o governo.



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