A produção de Mato Grosso do Sul e do Mato Grosso garante o desempenho positivo do Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária. O crescimento não será o projetado em razão do recuo de 5,4% do setor na região Sul do País, mas terá a queda amortecida devido à força do agronegócio de MS e MT. São os únicos estados que terão crescimento do PIB este ano, segundo o jornal Valor Econômico.
Em dezembro de 2017 a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) já havia projetado crescimento menor este ano, entre 0,5% e 1%. De acordo com publicação do Valor, a taxa de crescimento estimada para 2018 é de 0,7%. Isso graças à agropecuária de MS, que deve crescer 2%, e do Mato Grosso, com projeção de alta de 2,4%.
O governador Reinaldo Azambuja comentou os números, afirmando que as estatísticas oficiais, do IBGE mostram que a economia do Estado ganhou força a partir de 2015, quando saiu da 17ª para a 16ª posição do ranking do PIB dos Estados, ampliando de 1,2% para 1,4% a fatia de Mato Grosso do Sul no bolo das riquezas nacionais. No Centro-Oeste a participação aumentou de 13,32% para 14,33%.
“Pelo terceiro ano consecutivo teremos safra recorde de grãos. Estamos vendo que no Sul o quadro é diferente, há os problemas climáticos e agora o baque da avicultura, com o embargo de pelo menos 30% da produção de frangos. As exportações de soja de Mato Grosso do Sul cresceram mais de 85% no início deste ano. Nossas exportações de carne aumentaram 17%. Não há dúvida que a agropecuária seguirá contribuindo com o fortalecimento da nossa economia, gerando mais oportunidades”.
O governador destaca o fortalecimento da economia do Estado, mas lembra que os custos da tecnologia e os investimentos para ganhos de produtividade oneram em muito a cadeia do agronegócio. “São cada vez mais necessárias políticas de suporte para tornar a produção competitiva e remunerar melhor o produtor e desencadear oportunidades em todos os segmentos da economia”, diz.
Mato Grosso do Sul deve ter safra de 9,7 milhões de toneladas. O milho deve render 9,180 milhões de toneladas. Diante dessa resposta positiva da agropecuária, Reinaldo Azambuja lembra que aumenta a responsabilidade do Governo em dar suporte às atividades produtivas. “Sabemos que a logística e a tecnologia são meios que hoje oneram muito a agropecuária, mas são fundamentais para tornar a nossa produção cada vez mais competitiva. A busca por melhor produtividade custa muito ao produtor, por isso é preciso também bons preços”.
De acordo com o jornal Valor Econômico, a agropecuária deve gerar menos riqueza nos três Estados da região Sul: Paraná (-3,5%), Santa Catarina (-2%) e Rio Grande do Sul (-6,6%). Em 2017, segundo a CNA, a agropecuária teve crescimento entre 9% e 11%. A estimativa para este ano era de 5%, em razão da previsão de más condições de clima.
Cenário
De acordo com o mapa do desenvolvimento, o Brasil deve crescer 0,5% este ano. No ranking do PIB por estado estão:
Mato Grosso com taxa de 5,1%;
Maranhão, 3,1%;
Mato Grosso do Sul, 2,4%;
Goiás, 2,2%;
Santa Catarina, 2%;
Tocantins, 1,9%;
Piauí e Paraná, 1,7%;
Rio Grande do Sul, 1,5%;
Rondônia 1,4%;
Roraima e Amapá, com 1,2%;
Minas Gerais, 0,8%;
Espírito Santo, 0,7%;
São Paulo, 0,5%;
Rio de Janeiro deve registrar a maior queda, com recuo de -1,4.