Salah não celebrou gols diante da Roma, onde jogou por duas temporadas (Foto: Getty Images) |
O reencontro de Salah com a Roma deixou os torcedores da equipe italiana com saudades do egípcio, que brilhou na goleada do Liverpool por 5 a 2, na última terça-feira, com dois gols e duas assistências. Para alguns, logo veio à tona o pensamento de que o atacante poderia estar tendo na Itália o grande desempenho mostrado atualmente na Inglaterra, caso não tivesse sido negociado. E o diretor esportivo giallorossi fez questão de explicar o que o levou a vender Salah.
Em entrevista à rádio espanhola "Onda Cero", Ramón Rodríguez Verdejo, o famoso Monchi - dirigente que ganhou fama pelo trabalho desenvolvido no Sevilla e coleciona elogios também na Roma - apontou que a negociação do egípcio se deu por conta do Fair Play Financeiro da Uefa.
- Quem vendeu Salah fui eu, tenho que assumir a realidade. O vendi por um pouco mais de € 42 milhões, mas há uma explicação. Nós tínhamos que vender sim ou sim antes de 30 de junho, e se não tivéssemos feito, não estaríamos nestas semifinais. Tínhamos um controle da Uefa muito exigente e havia a necessidade de vender. Quando cheguei, habia uma oferta de € 30 milhões, e praticamente chegamos aos € 50 milhões com bônus. Era o que podíamos fazer - disse.
Salah foi vendido pela Roma ainda no começo da janela de transferências do último verão europeu, por € 42 milhões, além de quase € 8 milhões em variáveis. A imprensa inglesa apontou, na época, que foi um investimento significativo dos Reds, que fizeram do egípcio o africano mais caro da história. Atualmente, diante do desempenho impressionante, o jogador de 25 anos foi considerado um grande negócio pelo time inglês - ainda mais que, semanas depois, Neymar rumaria para o PSG por € 222 milhões e faria o preço de todas as transferências darem um salto.
- Evidentemente, o mercado ficou louco com Neymar, Coutinho e Dembelé. E depois o jogador fez uma temporada magnífica. Portanto, parabéns ao Liverpool por tê-lo comprado. Nós não tínhamos outra solução, pois ele queria ir e tínhamos que fazer isso antes de 30 de junho. Lamentavelmente, hoje sofremos por sua qualidade. Não descobrimos hoje. Eu já sofri com ele no Sevilla, quando jogava na Fiorentina, e é um jogador muito forte - comentou Monchi.