Mato Grosso do Sul aumentou em 6% a área plantada de algodão para a safra 2017/2018. Segundo informações da Ampasul (Associação Sul-mato-grossense dos Produtores de Algodão), até essa segunda-feira (29) as lavouras alcançaram área de 30,3 mil hectares e algumas fazendas ainda não terminaram o processo.
Robson Carlos dos Santos, engenheiro agrônomo da entidade, afirma que ano passado o cultivo ocupou 28,6 mil hectares.
Ainda é cedo, segundo ele, para estimar com precisão como será a produtividade, já que as plantas ainda estão novas e dependem de condições climáticas favoráveis para crescerem bem. “O algodão não gosta muito de chuva. As precipitações têm que estar dentro da média. De acordo com as previsões que nós recebemos, parece que vai ser bom. Janeiro, por exemplo, não foi tão chuvoso na região norte e nordeste do estado e as plantas apresentam bom desenvolvimento”.
Robson afirma que a Ampasul espera que a colheita pelo menos alcance os mesmos valores do ano passado, em torno de 300 arrobas de caroços.
Das áreas plantadas, 85% correspondem ao algodão primeira safra, cuja semeadura começa no dia 1º de dezembro na região norte e em outubro no centro-sul e já está totalmente concluída. Os 15% restantes são os de segunda safra, que normalmente ocupa os espaços deixados pela soja que foi plantada precocemente, e está com 95% de conclusão e deve terminar até o dia 31.
Na região sul do estado, a colheita deve começar em abril e no restante das propriedades em julho. A maior parte da produção de algodão em Mato Grosso do Sul vem das cidades da região norte, que respondem por 87% das áreas plantadas, o que resulta em aproximadamente 26 mil hectares.
Robson destaca Costa Rica, a 305 quilômetros de Campo Grande, cuja lavoura atinge dois mil hectares.
Segundo informações do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Mato Grosso do Sul é o terceiro maior produtor de algodão do país. Entre 2016 e 2017, o estado acumulou alta de 17,8% no volume colhido.