A jovem, de 20 anos, que teria provocado parto prematuro na quinta-feira passada (23/11) e deixado o bebê morrer por desnutrição, embrulhado em um saco debaixo da cama, recebeu alta da Santa Casa ontem. Ela foi internada desde sexta-feira (24/11), quando passou mal, devido ao fato de ter tomado chás e medicamentos para abortar a criança que esperava.
Conforme registrado no boletim de ocorrência, o caso veio à tona depois que a irmã da jovem encontrou o bebê na manhã de ontem (28/11), já em estado de decomposição. A Polícia Civil foi acionada, por meio da Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) do centro, e interrogou a mãe, que acabou confessando os atos. Mas, não foi presa.
O caso está sendo investigado pela Depca (Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente). O Portal Correio do Estado tentou contato por telefone com o titular da delegacia, Paulo Sergio Lauretto, mas as ligações não foram atendidas.
CRUELDADE
A jovem disse á polícia que, na quinta-feira, tomou chás e medicamentos com o objetivo de causar aborto do bebê. No noite do dia seguinte, teve sangramento e fez o parto sozinha. Ela supostamente usou tesoura para cortar o cordão umbilical, embrulhou o bebê e o escondeu sob a cama. Como estava passando mal, acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e foi encaminhada para a Santa Casa. Até então, o paradeiro do bebê era desconhecido, já que ela não havia comentado sobre o aborto com mais ninguém.
Depois que o corpo foi encontrado, a autora disse para a irmã que os abortivos foram comprados da filha de uma traficante no Indubrasil. Entrentato, em depoimento formal alegou que a fornecedora seria uma mulher residente em Terenos. Num primeiro momento, a mãe era investigada por aborto provocado. Porém, depois que a perícia atestou como causa da morte a desnutrição, ela passou a responder pelo crime de homicídio.