Os crimes ocorrem de madrugada, por grupos isolados, na maioria das vezes. A pichação, conforme investigação da Delegacia Especializada de Repressão à Crimes Ambientais e Atendimento ao Turista (Decat), aponta que os suspeitos, quando intimados, já estão envolvidos em crimes como furto, roubo e tráfico de drogas.
“Em 2017, até o momento, tivemos 26 ocorrências de pichação e 12 procedimentos concluídos e entregues ao Poder Judiciário. Destes casos, apenas um foi preso em flagrante. O que preocupa é que a pichação abre portas para outros crimes”, afirmou ao G1 a delegada Marilda Rodrigues, responsável pelas investigações.
Interrogados, os envolvidos alegam estar participar de algum grupo cultural e praticando um manifesto. “Eles dizem estar protestando, mas, muitas vezes, nem sabe por qual motivo. Fica o alerta para os pais, pois, é a pichação abre precedente para a prática de outros crimes, como furto, roubo e tráfico de drogas”, comentou a delegada.
Recentemente, ela conta que apreendeu uma adolescente de 16 anos e mais alguns jovens. “Ao chegar na delegacia, o pai da menina nem sabia que ela andava com aquelas pessoas, então, devemos orientar sempre. É um período que eles acreditam burlar a sociedade”, disse Rodrigues.
Para os donos do imóvel pichado, fica o prejuízo e a sensação de impunidade. “Sei de histórias de comerciantes que gastaram R$ 10 mil somente este ano com pintura e reforma. A pena prevê detenção de até um ano e multa”, finalizou.