O tráfego aéreo clandestino nas regiões brasileiras de fronteira, especialmente com a Bolívia e o Paraguai, principal meio de transporte para grandes carregamentos de cocaína, sofreu uma redução de 80%, o que implica também em uma diminuição dessa modalidade de tráfico. A informação é da Força Aérea Brasileira (FAB), que realiza ações de patrulhamento do espaço aéreo, entre elas etapas da Ostium, operação iniciada em março.
De acordo com informações da FAB, até o momento, foram efetuadas cerca de 150 interceptações de aeronaves em voos suspeitos. Aviões de caça, helicópteros e outros são empregados com o objetivo de coibir voos irregulares que possam estar ligados a crimes como o narcotráfico, sobre fronteiras, além de ajudar no monitoramento de deslocamentos terrestres por estradas vicinais.
Uma das interceptações executadas pelos caças da FAB, em junho, permitiu a apreensão de um avião que transportava 653 quilos de cocaína. Uma aeronave Super Tucano A-29, que decolou da Ala 5 (antiga Base Aérea de Campo Grande), fez a interceptação do voo em Mato Grosso.
O aparelho transportava entorpecente a partir da Bolívia, e no Brasil foi carregado em fazenda no município de Campo Novo de Parecis (MT). O destino era Santo Antônio Leverger, mas o caça que partiu da Capital fez a interceptação. O piloto militar chegou a fazer disparo de advertência. O pouso só aconteceu em uma fazenda no município de Jussara (GO).