Agentes penitenciários estaduais fizeram uma paralisação em Mato Grosso do Sul neste domingo (24). Visitas a presos foram suspensas durante a manifestação, além do banho de sol. A entrada de comida e materiais pessoais também não foram permitidas.
A categoria cobra aumento do efetivo e melhores condições de trabalho, além de reajuste salarial de 16%. Segundo o sindicato, a adesão ao movimento foi de 95% e atingiu várias unidades prisionais em 17 cidades do estado.
A categoria também aponta que Mato Grosso do Sul tem 1,6 mil agentes penitenciários para 16 mil detentos, déficit de 12 mil servidores.
O governo do estado informou que tem buscado melhores condições de trabalho para os agentes por meio do reajuste de 5,9% para corrigir distorções salariais em 2016, promoção e progressão de 1,2 mil servidores desde 2015, convocação de 320 novos atentes e aquisição de equipamentos de segurança com recursos próprios e dos fundos penitenciários nacional e estadual, que está em andamento. O executivo estadual afirmou ainda que mantém um diálogo permanente com os representantes da categoria e, no momento, estuda a viabilidade e condições de reposicionamento dos servidores no plano de carreira implantado em 2014.
No presídio de trânsito de Campo Grande, famílias de presos protestaram pelo cancelamento das visitas e reclamaram que os agentes proibiram a entrada de comida e materiais pessoais. A Polícia Militar (PM) reforçou a segurança no local.
"A condição de trabalho e o reconhecimento desse profissional... O risco de rebeliões está sendo todos os dias, não é o fato de ter suspenso a visita que vai promover insegurança maior", afirmou André Santiago, presidente do Sinap, sindicato da categoria.