Mergulhadores do Corpo de Bombeiros e homens da Guarda Civil de Ponta Porã-MS começaram na manhã desta quarta-feira (23/08) as buscas pelos irmãos Rodnei Campos dos Santos, de 27 anos e Ednei Bruno Ortiz Amorim, de 20 anos, que estão desaparecidos desde o dia 12 quando foram vistos pela última em uma abordagem do Departamento de Operações de Fronteira (DOF) em Ponta Porã.
Bombeiros e Guarda Civil iniciam buscas por irmãos desaparecidos na fronteira (Foto: MS Em Foco) |
O grupo de buscas foi criado ontem durante a Sessão da Câmara de Vereadores que tratou da violência na fronteira e foi sugestão do secretario de Segurança de Ponta Porã, Marcelino Nunes de Oliveira. “Vamos procurar até encontrar estes meninos, vivos ou mortos. A família e a sociedade precisam de uma resposta”, disse ele.
As buscas estão concentradas inicialmente em áreas rurais e em uma lagoa no Distrito Nova Itamarati, onde testemunhas afirmam que os policiais e as vítimas teriam ido depois de deixarem o pátio do Posto Fronteira.
PARENTES E AMIGOS FAZEM BUSCAS
Parentes e amigos dos irmãos Rodnei Campos dos Santos e Ednei Bruno Ortiz Amorim fizeram buscas por conta própria para tentar localizar os jovens.
As buscas foram feitas no domingo (20/08) na região do distrito da Nova Itamarati, local onde a viatura do DOF e o carro dos irmãos foi visto no dia do desaparecimento. Apesar do esforço, nenhuma pista foi encontrada.
Parentes e amigos fizeram buscas no distrito da Nova Itamarati (Foto: Divulgação) |
Uma equipe da DEH (Delegacia Especializada em Homicídios) de Campo Grande, esta em Ponta Porã para tentar esclarecer o caso.
Os qutro policiais envolvidos no caso foram afastados, mas ainda não foram ouvidos no Inquérito Policial Militar instaurado pelo DOF. Segundo o coronel do DOF, Kleber Haddad Lane, informalmente os policiais falaram que os jovens não chegaram a ser presos e foram liberados pouco tempo depois da abordagem.
Os quatro policiais que participaram da abordagem foram afastados e um Inquérito Policial Militar foi aberto para analisar a conduta dos militares. O caso é investigado pela Delegacia de Desaparecidos de Campo Grande. A Ordem dos Advogados do Brasil e o Ministério Público Estadual acompanham as investigações.