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SÁBADO, 20 DE ABRIL DE 2024
23 de JUNHO de 2017 | Fonte: Combate

Wand revela depressão e fala em surrar Sonnen na volta ao cage

"Cachorro Louco" volta a lutar neste sábado, depois de mais de quatro anos longe do cage, e garante que vai castigar desafeto americano na luta principal do Bellator 180
Chael Sonnen e Wanderlei Silva já se desentenderam na coletiva do Bellator, na quinta-feira (Foto: Evelyn Rodrigues)

Neste próximo sábado, Wanderlei Silva voltará ao cage depois de exatos 1332 dias distante de uma luta profissional. Foi no longínquo dia 3 de março de 2013 que o "Cachorro Louco" fez sua última luta no MMA, ainda no UFC, quando venceu Brian Stann. Agora, o desafio será encarar o desafeto Chael Sonnen, em nova casa: o Bellator. O brasileiro e o americano farão a luta principal do card de número 180, na mítica arena do Madison Square Garden, em Nova York.

 

Em entrevista exclusiva ao Combate.com, Wanderlei não escondeu a ansiedade por voltar a lutar e revelou ter passado por um período de depressão quando pendurou as luvas.

 

- Realmente foi muito difícil esse período fora. Imagina qualquer trabalho que você tenha: você acorda e tem sua rotina, e eu tinha minha rotina desde os 13 anos. Acordava, ia para a academia, tinha um próximo oponente, um próximo evento, e de repente acabou. Acordava de manhã, tinha uma casa bonita, carro, dinheiro, mas não tinha o que fazer. Viajava bastante, tinha bastante seminários, mas isso é um bico, não é um trabalho fixo. Nunca fiquei sem lutar. Então, tive um período muito difícil, tive muita depressão, fiquei em casa... Mas tive um grande suporte da minha esposa, dos meus filhos. Dava uma aula aqui, uma aula ali, mas não tinha algo fixo para fazer. Foi realmente um período muito difícil. Essa volta aos ringues tem sido para mim como uma grande terapia.

 

Ao falar do hiato na carreira, Wand lembrou a desavença que o fez deixar o Ultimate e anunciar a aposentadoria, em setembro de 2014. À época, ele fugiu de um teste antidoping surpresa justamente antes da luta contra Sonnen - com quem fez o TUF Brasil 3 -, e então começou uma batalha contra a organização e seu presidente, Dana White.

 

- A aposentadoria foi uma aposentadoria entre aspas, forçada. Me desentendi com o antigo dono do evento, rolou tudo aquilo, e parei com 49 lutas. E o pessoal perguntava: "Por que parou?". Parei porque não estava mais a fim de lutar para aquela organização. O pessoal fala: "Qual o meu sentimento por Dana White?". Dana White é um grande empresário, e quando dois leões se encontram rola briga, e rolou um desentendimento normal. Respeito ele, é um grande empresário, mas ficou melhor cada um na sua. E ele teve uma grande atitude de me liberar do contrato para que tocasse minha vida, e deixar o Wanderlei Silva fora dos ringues é um crime. Logo que tive a liberação do antigo evento, o Bellator e o Rizin já entraram em contato comigo e me fizeram ótimas propostas para voltar a lutar. Me foi oferecido para lutar no final do ano, mas em dezembro não pude, não estava pronto ainda devido à minha lesão, e agora no meio do ano deu a arena certa, o oponente certo e agora estou aqui.

 

A primeira luta profissional de Wand foi em 1996. Exatos 21 anos depois, ele atingirá a marca de 50 lutas na carreira, que tem 35 vitórias, 12 derrotas, um empate e uma luta sem resultado. O duelo com Sonnen é encarado por ele como um recomeço.

 

- Estou muito emocionado. Acho que o oponente está à altura, a arena não poderia ser melhor. Chamam o Madison Square Garden como a “arena mais famosa do mundo”, do mundo das lutas, voltar fazendo uma luta principal é um grande teste. Estou há quatro anos fora, estou treinando, treinando bem, mas treino é treino e luta é luta, e sei disso. Quando você entra para valer, a emoção é outra. Já lutei em várias arenas do mundo todo desde os meus 13 anos, arenas pequenas e arenas gigantescas, e estou encarando isso como um recomeço, uma reestreia, e estou encarando também como um presente que estou dando para os meus fãs. Esta vai ser minha luta de número 50, no Madison Square Garden. Garden é jardim (em inglês), é o jardim dele, porque óbvio, o americano é muito patriota, por isso que o (Donald) Trump se elegeu. Tenho certeza que aqui vai rolar um grito de "U-S-A", mas aí no Brasil sei que vai estar todo mundo torcendo por mim, mandando aquele pensamento positivo. Wanderlei Silva está de volta para realmente fazer a alegria do povo (...). Quero agradecer a torcida de todos vocês, espero que vocês vejam o combate de sábado. Vou lá surrar o Sonnen, na casa dele! Aqui a torcida pode ser dele, mas sei que você aí (no Brasil) vai torcer para o Silva.

 

A luta com Chael Sonnen é um capítulo à parte na história de Wanderlei Silva. Os dois trocaram farpas durante todo o TUF Brasil 3, em 2014, e chegaram às vias de fato, quando o americano chegou a derrubar o brasileiro durante uma briga nas gravações. O Cachorro Louco não esqueceu de nada disso, e promete “cobrar a conta” logo mais.

 

- A hora que fechar a grade, a gente vai ver qual é. Vamos resolver essas desavenças, e sem dúvida essa luta é um grande presente para o público, é uma das últimas rivalidades reais que a gente vê no mundo do MMA. O pessoal fala: "Mas tudo aquilo era verdade?". Claro que é verdade, e quem começou foi ele, quem encostou a mão primeiro no outro foi ele, foi ele que me empurrou, que me derrubou lá na frente de todo mundo. Na verdade, ele é quem está devendo para mim, e vou acertar essa conta no sábado. Vai ser uma luta imperdível. Vai ter a luta do Fedor, duas disputas de título, então está um evento imperdível. O Bellator é tido como o segundo maior evento do mundo (no MMA), mas está todo mundo dizendo que no sábado, com a luta do Wanderlei Silva, vamos ser o número 1 - prometeu.

 

No bate-papo, Wand ainda fez elogios a Cris Cyborg, declarou que gostaria de enfrentar Fedor Emelianenko no futuro e se disse satisfeito com o reconhecimento dos lutadores mais jovens. 



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