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SEXTA-FEIRA, 29 DE MARÇO DE 2024
08 de MAIO de 2017 | Fonte: Assessoria

Com exportações em alta e abate dinamizado, pecuária de MS surpreende em 2017

As vendas externas de carne bovina in natura totalizaram 11,8 mil toneladas no mês analisado.
Março apresentou a maior exportação desde 2014 (Foto: João Carlos Castro - FAMASUL)

Na contramão dos resultados esperados com a propagação de notícias negativas, principalmente, no mês de março, o setor pecuário de Mato Grosso do Sul encerrou março com números positivos em termos econômicos.

 

As vendas externas de carne bovina in natura, por exemplo, totalizaram 11,8 mil toneladas no mês analisado. Patamar que é o maior, segundo os dados da Secex – Secretaria de Comercio Exterior, registrado desde outubro de 2014 e que supera em 44,3% o volume vendido no mês anterior, de 8,2 mil toneladas.

 

Para a gestora do Departamento de Economia do Sistema Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS, Adriana Mascarenhas, o resultado é positivo e demostra o perfil empreendedor do produtor rural. “A pecuária de corte de Mato Grosso do Sul tem o seu perfil consolidado: somos conhecidos por produzir carne de qualidade e de forma sustentável. Abrindo uma janela de visibilidade ao mundo todo”.

 

De acordo com os números da Secex – Secretaria de Comércio Exterior, a receita ficou próxima dos US$ 49 milhões, enquanto que em fevereiro o faturamento foi de US$ 35,2 milhões, o que significa um acréscimo de 39%. “É um aumento considerável para um mês. Cada tonelada foi vendida a uma média de US$ 4.120”, comenta Adriana.

 

Ao todo, Mato Grosso do Sul exportou, no primeiro trimestre cerca de 29 mil toneladas de carne bovina in natura, com elevação de 3,4% em comparação ao mesmo período do ano passado, quando as vendas atingiram cerca de 28 mil toneladas. “Se considerarmos para os próximos meses vendas iguais a de março, vamos nos distanciar do cenário do ano passado”. A receita do trimestre aumentou, entre 2016 e 2017, mais de 9%, saindo de US$ 110 milhões para US$ 121 milhões.

 

A realidade de 2016, citada por Adriana, refere-se a um montante de US$ 463,8 milhões negociados ao longo do ano, referente a vendas realizadas com 66 países, dos quais se destacam, Chile, com 94,5 milhões de dólares; Hong Kong, com 87,4 milhões de dólares e Rússia, com 56,2 milhões de dólares.

 

Vendas aos EUA – Um dos dados que mais chamou a atenção do relatório do Secex são as vendas realizadas, em março deste ano, aos Estados Unidos. Ao todo, foram vendidas 1,1 mil toneladas de carne bovina in natura aos americanos. Volume, que apesar de pequeno, coloca o país na 6ª posição do ranking de maiores compradores da carne sul-mato-grossense.

 

“Os Estados Unidos começaram a comprar a nossa carne em setembro de 2016. De lá para cá, o gráficos de vendas aponta para cima, com vendas em crescente avanço, contabilizando alta de 770% frente a fevereiro, quando negociamos com os americanos apenas 515 toneladas”, argumenta Adriana.

 

Em março, a receita obtida com as exportações de carne bovina in natura com os Estados Unidos atingiu US$ 4,6 milhões. Cada tonelada foi negociada uma média de US$ 4.138, com crescimento de 2,8% frente fevereiro deste ano. “Os Estados Unidos são uma referência em exigência sanitária e, por isso, apesar de ser um volume ainda pequeno, esta negociação representa uma vitrine para a carne produzida em Mato Grosso do Sul, ainda mais no atual patamar do setor”, reforça a importância do presidente do Sistema Famasul, Mauricio Saito.

 

Ainda, de acordo, com o Sistema Famasul. Se por um lado as exportações aumentaram, por outro, os abates permaneceram dinamizados. Os abates somaram 62,4 milhões de cabeças em fevereiro. Apesar da queda de apenas 2,8% em relação ao mês anterior, quando os abates atingiram 64,2 milhões de bovinos.

 

“É um patamar muito próximo aos meses anteriores, ficando apenas 3,3% maior que as 60,4 milhões de cabeças abatidas no mesmo período do ano passado, por exemplo”, acrescenta a economista, Adriana Mascarenhas.

 

Equilíbrio que não ajuda nas contas

Os dados positivos elaborados pelo Departamento de Economia do Sistema Famasul não refletem em sua totalidade. Em março, por exemplo, o preço da arroba do boi gordo atingiu média R$ 131,35, nas negociações à vista, o menor resultado desde novembro de 2014, quando a arroba ficou em R$ 135,15.

 

“Além dos preços em queda, a margem bruta do produtor rural mostra uma redução de 11%, em relação a fevereiro. Entretanto, se vislumbra um cenário positivo a curto prazo, analisando os contratos futuros praticados na BM&F Bovespa, observamos que há a projeção de valorização nas cotações deste segmento para maio, outubro e novembro”, afirma Adriana.



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