Brasileiros integrantes de facções criminosas estão invadindo regiões do Paraguai, na tentativa de exercerem o controle sobre o tráfico de drogas e armas a partir da atuação nessas áreas.
Desde a morte de Jorge Rafaat Toumani, apontado como um dos principais chefes do narcotráfico na fronteira, a polícia local tem constatado a existência de um esforço concentrado de grupos criminosos pelo controle do comércio de drogas e armas no país.
Rafaat foi executado em junho do ano passado, em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz divisa com a brasileira Ponta Porã. Ele morreu depois de ter o carro atingido por mais de 200 tiros de armamento militar, calibre .50. Há indícios de que grupos brasileiros teriam se aliado para a morte do líder do tráfico, exatamente como abertura de caminho.
De acordo com a polícia, atualmente, o espaço de liderança deixado pelo traficante assassinado está sendo disputado por células de facções brasileiras, como o Primeiro Comando da Capital (PCC), o Comando Vermelho (CV) e a Família do Norte (FDN). Isso porque o controle do tráfico no Paraguai implicará em controle do preço das drogas e armamentos enviados ao Brasil.