Eduardo Baptista apareceu para dar entrevista coletiva com as emoções controladas após a vitória por 1 a 0, em casa, sobre o boliviano Jorge Wilstermann, Mas o técnico apontou o resultado, conquistado com gol aos 50 minutos do segundo tempo, como prova da identidade do Palmeiras com a Taça Libertadores da América.
– Vitória não pode empolgar, dizer que está tudo certo. Mas essa vitória mostra um time com identidade, extremamente aguerrido e técnico, tentando jogar a todo momento e buscando o gol até o último momento. Esta semana com jogos decisivos, pesados, de Libertadores e clássicos, nos caiu bem para criar essa identidade. Se não foi um futebol plástico, foi um futebol de Libertadores – disse.
O técnico disse que escalou um time experiente, com Jean, Zé Roberto, Edu Dracena, Michel Bastos e Guerra, para que o Verdão não perdesse a paciência na busca para furar a retranca boliviana. Só não gostou mesmo das chances que a equipe perdeu no primeiro tempo – três com Borja.
– As dificuldades foram aumentando porque criamos chances e não fizemos. pegamos uma equipe experiente, com muita catimba e fechada. Mas nossa virtude foi não desorganizar, não demos chutão. Buscamos com bola no chão, pelos lados, por dentro. O gol premiou quem trabalhou.
Eduardo Baptista ainda fez questão de agradecer a torcida. Apesar de ter ouvido algumas reclamações, sentiu que, de modo geral, quem estava no estádio nessa quarta-feira teve paciência com a equipe e, para ele, ajudou diretamente na insistência pelo gol que coloca o Palmeiras na liderança do grupo 5, com quatro pontos.
– A torcida está embutida neste espírito, vindo junto, como quando precisamos entrar com o coração para buscar o gol até o fim. A torcida não deixou nenhum jogador baixar a guarda por cansaço ou por ter errado. Foi uma sinergia muito forte que nos levou a essa vitória importantíssima. Nosso time tinha a sensação da vitória o tempo todo e passou isso para a torcida. O gol teve muito da torcida.