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QUINTA-FEIRA, 28 DE MARÇO DE 2024
03 de MARÇO de 2017 | Fonte: Correio do Estado

Operação que apura desvio milionário na UFPR cumpre mandado na Capital

Moradores de MS auxiliaram no esquema que desviou mais de R$ 1,7 mi
Na primeira fase, pessoas foram presas (Foto: Divulgação/PF)

Campo Grande é mais uma vez alvo de cumprimento de mandados judiciais durante a 2ª fase da Operação Research, deflagrada nesta sexta-feira pela Polícia Federal. As ações têm objetivo de desarticular grupo que comandava esquema de fraude que desviou R$ 7,5 milhões da Universidade Federal do Paraná (UFPR) entre 2013 e 2016.

 

Segundo informou a PF ao site de notícias G1 PR, 19 mandados judiciais serão cumpridos em Campo Grande, Curitiba (PR), Sorocaba (SP) e Erechim (RS).

 

Em Campo Grande, segundo a assessoria da PF, apenas um mandado de condução coercitiva foi cumprido. A pessoa já foi ouvida e liberada.

 

Nessa nova fase, são cumpridos mandados de condução coercitiva contra outros três supostos beneficiários, antes desconhecidos da investigação, além de outros suspeitos de envolvimento no esquema fraudulento.


A OPERAÇÃO

 

Na primeira fase da operação, deflagrada no mês passado, a PF descobriu que quatro sul-mato-grossenses desviaram cerca de R$ 1,7 milhão da universidade.A operação colocou fim a um esquema de desvio de dinheiro que era destinado para a “pesquisa”.

 

Pessoas, sem ligação com a UFPR e nem sequer formadas, recebiam recursos para supostas pesquisas. “Para ter uma ideia do absurdo que acontecia, um aposentado chegou a receber R$ 739 mil neste período, outro caso foi de uma cozinheira, que recebeu R$ 318.550,00. Eram pessoas que não fazem parte do quadro de pesquisadores”, disse João Manoel da Silva Dionísio, secretário de Contrato Externo do Tribunal de Contas da União (TCU).

 

Dionísio deixou claro ainda que os valores repassados pelos fraudadores eram muito maiores do que os próprios pesquisadores da UFPR conseguiam para desenvolver suas pesquisas. “Em média, por mês, um pesquisador, doutor ou mestre, recebe no máximo R$ 5 mil para trabalhar. Uma pessoa que fazia parte do esquema chegou a receber R$ 24 mil em um mês e depois, por dois meses seguidos, recebeu R$ 10 mil”, informou o secretário.

 

O que mais deixou os agentes da Polícia Federal surpresos foi a constatação de que o esquema acontecia dentro da Pró-reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação e pela Pró-reitoria de Planejamento Orçamento e Finanças da UFPR. “Isso deixa muito claro que a forma de fiscalização da instituição é muito falha”, afirmou o delegado Felipe Eduardo Hayashi, que coordenou a operação.

 

A Justiça decretou a prisão temporária dos suspeitos por um prazo de cinco dias. Eles serão acusados de peculato (desvio de recurso público) e associação criminosa. Os presos de Mato Grosso do Sul devem ficar em Campo Grande. O restante devem ser encaminhados para Curitiba (PR).



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